Sapiranga – Educar crianças e adolescentes, ensinando-os para que sejam cidadãos do mundo, com vivências que vão além de disciplinas e teorias básicas é um dos principais objetivos da Escola Luterana São Mateus, de Sapiranga.
Uma das metodologias da instituição é a aplicação da disciplina de Pesquisa Científica, a qual os estudantes a partir do 3º ano do ensino fundamental começam a aprender. Além disso, anualmente, os alunos participam da multifeira da própria escola, ganhando oportunidade de apresentar seus projetos de pesquisa e a possibilidade de credenciamento dos trabalhos em feiras regionais e estaduais.
Em 2024, mais uma vez, a escola teve a prova de que a metodologia está no caminho certo: dois grupos de alunos premiados na feira I-Fest, na Tunísia. Para a diretora, Dione Galvani, as premiações são motivo de orgulho para a escola e um incentivo a outros alunos.
Protótipo de luva
Desenvolvido pelas alunas do 2º ano do ensino médio, Ana Luísa Fulber Cardoso e Fernanda Kovalski Cavalheiro, a ideia de desenvolver um “Protótipo de luva com aquecimento para diminuição da rigidez articular nos portadores de Parkinson” surgiu através da vivência de Fernanda com um familiar portador da doença. Após muita pesquisa e diversos testes, o projeto finalmente foi finalizado e ficou em terceiro lugar na I-Fest, na Tunísia.
Criando Biodiesel
Durante pesquisa, os alunos do 2º ano do ensino médio Maitê Wingert, Matheus Gabriel de Souza e Tiago Rafael Wasen, concluíram que Sapiranga consumia 9 mil litros de combustível por mês. Então, decidiram criar um projeto de desenvolvimento de biodiesel, utilizando óleo de cozinha como matéria-prima, gerando, assim, economia financeira e preservação do meio ambiente. O projeto ganhou medalha de ouro na I-Fest.
Novo convite e busca por apoio
As apresentações não param por aí! O grupo de alunos que desenvolveu o Biodiesel foi convidado a expor o projeto em uma nova feira, na Coreia do Sul, em agosto deste ano.
Para viabilizar a viagem e garantir a apresentação na Ásia, os alunos buscam apoio financeiro. Para ajudar, basta entrar em contato com a direção da Escola São Mateus presencialmente (rua Padre Réus, 370, Centro de Sapiranga), ou através dos contatos disponíveis no site saomateus.g12.br.
Alunos e diretora falam sobre a experiência de mostrar os projetos ao mundo
“A Multifeira inicia desde a educação infantil, onde os alunos produzem os seus trabalhos científicos. Os principais trabalhos são levados para o Brasil e o mundo. É um combustível para nós, educadores, pois conseguimos ver a diferença que fazemos na vida dos nossos estudantes”, comenta a diretora da Escola São Mateus, Dione Galvani.
“Viver essa experiência foi incrível, somos muito gratos pela oportunidade que a escola nos dá. Divulgar esse trabalho para lugares diferentes é muito gratificante, nós trazemos uma bagagem de conhecimento gigantesca, além de podermos aprimorar nosso trabalho em cada lugar que passamos”, declara Maitê Wingert, estudante componente do grupo que criou o Biodiesel.
“Foi uma experiência muito louca, mas muito gratificante. É um grande desafio levar o nosso trabalho para uma cultura totalmente diferente e conhecer pessoas de diversos lugares do mundo. Foi muito incrível”, destaca Ana Luísa Fulber Cardoso, estudante componente da dupla que desenvolveu o Protótipo da Luva.
Por Mairan Pacheco