Região – Está em andamento em todo país a coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022. Nos próximos meses, os recenseadores do IBGE projetam visitar 89 milhões de endereços, sendo 75 milhões de domicílios. A estimativa é de que sejam contatadas cerca de 215 milhões de pessoas. Nas cidades de cobertura do Grupo Repercussão, nos vales dos Sinos e Paranhana, o trabalho segue nas comunidades. A média de conclusão da pesquisa é de 20% (ver box ao lado).
O Censo conta com dois questionários. O básico contém 26 questões sobre características do domicílio, seus moradores e a identificação étnico-racial, registro civil e educação dos mesmos, além do rendimento do responsável e dados a respeito de mortalidade. Já o modelo ampliado investiga, além dos aspectos consultados por meio do questionário básico, detalhes sobre trabalho, renda, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo.
“Dados importantes para a distribuição dos impostos para as cidades”
Todas as informações coletadas são confidenciais, protegidas por sigilo e usadas exclusivamente para fins estatísticos, conforme estabelece a legislação. Além de conseguir um raio-x completo com dados da população brasileira, a coordenadora de Sapiranga, Núbia Preuss, destaca outra importante finalidade do Censo para os municípios. “Os dados de população do Censo são muito importantes para a distribuição de impostos, repassados pelos governos estadual e federal. O que realmente define o que os municípios vão receber em determinado imposto é o número de população”.
Núbia destaca, ainda, que a coleta de dados é um trabalho de formiguinha e exige dedicação e um olhar humano dos recenseadores. “É preciso interagir com as pessoas, ter boa comunicação e também se adaptar a flexibilidade de horário. Outro dado importante é que os recenseadores moram na cidade da coleta, isso facilita o reconhecimento sobre a área”.
MUDANÇAS
Programado para ser realizado inicialmente em 2020, a coleta precisou ser adiada devido à pandemia da Covid-19. Em 2021, não ocorreu por questões orçamentárias. E, agora, em 2022, o Censo marca 150 anos do primeiro recenseamento feito no país.