Sapiranga – Em março de 2018, ela recebeu um dos diagnósticos mais temidos. A professora Cristina Gross, 46 anos, moradora de Sapiranga, descobriu que estava com câncer de mama. O diagnóstico aconteceu após sentir um nódulo na mama durante o autoexame. “Imediatamente, procurei um mastologista. Realizei a mamografia e a ecografia mamária. E, infelizmente, ali já mostrou um possível tumor. Realizei uma biópsia e o diagnóstico confirmou”, recorda ela. Entre a descoberta até a cirurgia, foram apenas 15 dias. “Tudo ocorreu de forma muita rápida. Passei muitos dias de choro e angústia, mas olhar para meus filhos e saber que eles precisavam de mim, foi aos poucos me fortalecendo”, lembra ela, que atualmente é coordenadora pedagógica da unidade da Duque de educação infantil. Cristina conta que o marido Carlos Bangel, os filhos Theo, hoje com 16 anos, e Enzo, 11, pais e irmãos foram sua base para enfrentar a doença de cabeça erguida e com esperança. “Não escondi de ninguém meu diagnóstico e tratamento”.
“Meus incentivadores para lutar e querer viver”
Após realizar a cirurgia, Cristina passou pelas sessões de quimioterapia. A perda do cabelo foi um dos períodos mais emblemáticos do tratamento e que precisou de muita força, fé e luta de Cristina. “O momento mais difícil é a perda de cabelo, sim. Durante a quimioterapia perde-se cabelos, cílios e sobrancelhas. Minha autoestima foi embora. São várias situações que precisamos lidar, mas o que posso dizer: família, Deus, fé e meu trabalho foram meus incentivadores para lutar e querer viver”. As quimioterapias iniciaram em abril e se estenderam até o mês de outubro. Após, ocorreu o processo de radioterapia, encerrado em dezembro. “Hoje, ainda sou considerada uma paciente oncológica. Faço exames há cada seis meses. Mudei como pessoa depois disso, estou valorizando mais o dia a dia, vivendo sempre com amor e entusiasmo. Depois do câncer, todos os dias são festivos, pois enxergamos a morte muito de perto. Não adianta, o diagnóstico, quando recebemos, nos leva a pensar que não vamos sobreviver. Mas, graças a Deus, tratamento e toda a força recebida, deu tudo certo”, conta ela, com um largo sorriso no rosto.