Nova Hartz – Ela foi construída em 1944, durante a 2ª Guerra Mundial. A Igreja Evangélica Luterana Padre Eterno, no interior de Nova Hartz, é um bem tombado do município que aos poucos está se transformando em ruínas. Sem restauros, o espaço está fechado para atividades há cerca de oito anos. Há anos, existe uma luta pela sua restauração, inclusive, um projeto chegou a ser feito, mas não saiu do papel. Há, ainda, uma discussão sobre a qual município pertenceria a igreja. Pela prefeitura, o procurador jurídico Alexandre Felipe Luz Ferreira cita que há dúvidas e diz que a área pertence a Morro Reuter ou Sapiranga. No entanto, existem documentos que a colocam no distrito de Nova Hartz.
Com o objetivo de preservar o patrimônio histórico e cultural, o promotor público de Sapiranga, Michael Schneider Flach, que também responder pelo município vizinho, fez uma recomendação à prefeitura de Nova Hartz: “adotar medidas para a conservação do imóvel bem como realizar tratativas como a comunidade religiosa local, proprietária e responsável pela edificação; assim como providenciar, de imediato, uma ação conjunto no estilo “mutirão” para estancar a degradação do templo; e providenciar junto ao municípios limítrofes e ao Estado, que seja verificada a qual cidade pertence a área (mesmo que ela não seja destinada a Nova Hartz, esse município deve providenciar a correção em lei).
O procurador jurídico estima que o restauro da igreja custaria até R$ 1,5 milhão. “Temos esse impasse sobre qual município pertenceria essa igreja; outra questão é o custo. O valor é muito alto e temos tantas demandas importantes e urgentes no município, como o próprio saneamento básico. Recebemos a recomendação do promotor e estamos estudando a situação e conversando com ele sobre tudo o que isso implica”, destacou o advogado Alexandre Felipe.
Para conseguir o montante necessário, umas das sugestões é contar com apoio de leis de incentivos e de empresários.
Uma igreja, muitas memórias
Liceu e Ilonia Dias guardam lembranças maravilhosas de quando a igreja estava aberta aos fieis. No templo, eles se casaram, batizaram as filhas, assim como fizeram a confirmação das mesmas. Ainda hoje, Liceu e o irmão Remi fazem questão, e de forma voluntária, de cuidar da grama e jardim da igreja e do cemitério, que fica ao lado. “Ali, estão sepultados nossos pais e avós. Então, fazemos questão de deixar tudo bonito. Caso contrário, estaria tudo no meio de matagal”, disse Remi. A família lamenta que o restauro ainda não aconteceu. “É um lugar lindo, com história; referência aqui”, disse Liceu.