Por Valmir Pegoraro, vereador pelo PDT de Sapiranga
Região – Pelo cargo que represento em Sapiranga, o tema não poderia ser outro se não a situação política atual do país. É interessante salientar que os próximos parágrafos transcrevem opiniões minhas, buscando sempre o respeito para com quem possui pensamentos opostos e até mesmo aos que pensam da mesma forma.
O presidente eleito Jair Bolsonaro conquistou a maioria da população, não só porque acreditaram nas suas propostas (não muito claras), mas, em minha opinião, pela indignação com o momento político vivido pelo Brasil. O nosso país não suporta mais uma carga tributaria tão alta com retornos insuficientes para atender à nossa população, e, mais ainda, os brasileiros estão fartos de verem nossos representantes se esbaldarem na corrupção desenfreada que tomou conta do sistema político.
A esperança de quem foi às urnas em novembro era de que o novo governo mudasse o cenário de corrupção e fizesse uma administração diferente, mudando a maneira de compor o governo, sem o “toma lá da cá” que todos nós conhecemos e, indispensavelmente, que pudéssemos ver uma politica feita para o povo e não mais para as siglas partidárias.
É fato que com a derrota dos partidos tradicionais se faz necessária uma nova organização política e, apesar do presidente e sua equipe expressarem o proposito de não lotear os ministérios, optando pela indicação de técnicos de renome, não há como escapar das negociações para a realização das reformas (em especial da Previdência) que precisarão ser aprovadas no congresso.
Ainda é cedo para tirar conclusões sobre um presidente que em 15 dias de mandato já fez declarações pouco tempo depois desfeitas pelos seus ministros, o filho de seu vice foi promovido a um cargo que triplicou seu salário e o atual ministro da casa civil recebeu a segunda denuncia de caixa dois. Esperamos que isso não seja o inicio da velha política.
Momentos de grandes mudanças, como esse, geram revolução ou acomodação. Resta agora, não apenas aos políticos, mas a cada individuo como parte da sociedade, ultrapassar as barreiras entre Direita e Esquerda e construir um Brasil com unidade, fiscalizando e participando das decisões tomadas, para que as mudanças não afetem apenas o macro e se localizem exclusivamente em Brasília, mas que gerem consequências positivas em todos os municípios.
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