Sapiranga – A família de Bryan Silva de Alcides, menino de oito anos, luta contra o tempo e contra um infeliz prognóstico. Diagnosticado com Distrofia Muscular de Duchenne aos cinco anos, a criança depende do sucesso de um tratamento encontrado em Pequim, na China, para ter a chance de uma vida mais próxima da normalidade.
A doença rara não tem cura conhecida no Brasil e avança conforme a idade, causando a atrofia da maior parte dos músculos do corpo. Conforme o pai, Fagner, o diagnóstico aconteceu há três anos. “Os médicos nos falam que ele vai caminhar só até os 10, 12 anos. Vai precisar ir para a cadeira de rodas. A estimativa de vida para quem tem a doença é de 20 a 25 anos”, lamenta Fagner.
Inconformados, os pais buscaram por meios que pudessem reverter o quadro. Assim, chegaram até uma clínica chinesa, que realiza o tratamento com células tronco para isolar a enfermidade. Conforme o pai, com o procedimento, a doença para de progredir.
Doença genética é rara
Tudo começou com o tratamento de uma anemia, que Bryan tinha desde que nasceu. “Ele sempre custou para caminhar, com fraqueza nas pernas, e caía muito. Também reclama de dor. Levamos no médico e tivemos esse diagnóstico”, explica o pai. Conforme os institutos de ciência, além de dificultar os movimentos voluntários, a doença atinge também os involuntários — as batidas do coração e a respiração, por exemplo. São registrados cerca de 700 novos casos por ano da síndrome no Brasil.
Vaquinha virtual
Bryan mantém uma rotina de ir à escola, mas precisa ser acompanhado por um tutor devido à facilidade de cair. O menino também toma remédios para os sintomas e faz fisioterapia duas vezes por semana.
O tratamento encontrado em Pequim consiste na aplicação de seis injeções de células tronco, durante 14 dias de observação. Para conseguir pagar pelos procedimentos, que custam 22 mil dólares, os pais Fagner e Sibele organizaram uma vaquinha virtual. Ela pode ser acessada pelo link https://www.vakinha.com.br/3814313.