Sapiranga – Um drama de saúde aflige o sapiranguense Ademir Jocelino de Souza, de 49 anos. Desde 2020, o homem sofre com um problema crônico ligamentar e de circulação no joelho direito e necessita de cirurgia para correção. Entretanto, a frustração com o adiamento da cirurgia agrava cada vez mais o problema.
Há dois anos, Ademir começou a sentir dores na região e notou a dificuldade em se locomover. Por conta disso, foi em busca de médicos que pudessem apresentar alguma solução para o incômodo. Depois de algumas consultas, veio o diagnóstico: Ruptura crônica degenerativa do menisco medial com extrução e perda de substância meniscal.
Após diagnosticado, apresentou-se a necessidade de intervenção cirúrgica. O homem foi até o Hospital Sapiranga, fez a tomografia necessária e recebeu o encaminhamento para o Hospital Universitário de Canoas, referência nestes procedimentos. E é nesse impasse que Ademir se encontra agora.
Por três vezes, o homem se dirigiu até Canoas, chegou no hospital com os exames na tentativa de fazer a cirurgia. Entretanto, a resposta, segundo ele, foi de que “os exames estariam vencidos” e que, por isso, deveriam ser refeitos.
Retrospecto de doenças
A má expectativa sobre o caso é o que mais preocupa Ademir. Os mais de dois anos na espera e as três tentativas frustradas de cirurgia remetem ao passado com seus familiares. “Minha mãe ficou quatro anos esperando para fazer cirurgia de catarata: morreu cega. Meu irmão ficou anos esperando a cirurgia bariátrica: morreu de obesidade mórbida (reportagem feita pelo Repercussão). Só está faltando secar [perder] minha perna”, diz. Jocelino, pai solteiro de uma menina de oito anos, pretende fazer o quanto antes a intervenção para voltar a viver normalmente.
Posição do Hospital Universitário
Em contato com o Grupo Repercussão, o Hospital Universitário de Canoas se posiciona sobre o caso. “O setor de Ouvidoria do Hospital Universitário de Canoas informa que não existe nenhum registro de reclamação relatando o caso do paciente Ademir Jocelino de Souza. De acordo com o Núcleo Interno de Regulação do HU (NIR), o referido paciente realizou consulta com a equipe de traumatologia e já fez o exame de ressonância. Neste caso, o morador de Sapiranga deve aguardar a chamada para a próxima consulta conforme a fila de espera”.