Campo Bom – Em um breve pronunciamento na tarde desta sexta-feira (19), no pátio do Hospital Dr. Lauro Reus, a assessoria de imprensa anunciou as primeiras medidas adotadas pela direção da instituição. Uma das medidas adotadas é a abertura de uma sindicância interna para apurar o que levou a interrupção da chegada do oxigênio junto aos leitos de UTI Covid, enfermaria e emergência do Hospital Lauro Reus.
Conforme o assessor de imprensa do hospital, ocorreu uma instabilidade no fornecimento do oxigênio, mas os pacientes não ficaram desabastecidos durante o problema técnico. Além disso, ele explicou que isso não possui relação com as seis mortes. “Houve uma instabilidade. A sindicância vai apontar se a instabilidade tem relação com o caso ou não, e faço questão que vocês saibam disso. Pessoal faleceu em decorrência da Covid, não da instabilidade. Não sabemos de onde vem a informação (da Secretaria de Saúde Estadual, de que houve uma falha no abastecimento), porque a empresa nos passou instabilidade”, declarou o assessor, antes de informar que a empresa que realiza o serviço de abastecimento de oxigênio na casa de saúde é a Air Liquide Brasil. A assessoria também negou que solicitaram cilindros de oxigênio aos outros municípios, conforme circulou nas redes sociais.
Confira, na íntegra, a nota oficial divulgada no início da tarde de hoje pela direção do hospital:
NOTA TÉCNICA OFICIAL HOSPITAL LAURO REUS
Com relação à informação sobre a falta de oxigênio nesta manhã no Hospital Lauro Reus, de Campo Bom, a direção da unidade de saúde esclarece que:
1) No período entre 08h10 e 08h40 da manhã desta sexta-feira (19) havia 26 pacientes em ventilação mecânica na UTI e Emergência.
2) Não houve, em momento algum, falta de oxigênio aos pacientes, devido à rápida ação da equipe assistencial, que acionou imediatamente o Plano de Contingência – em decorrência de uma instabilidade na rede central de distribuição de oxigênio (O²) que durou aproximadamente 30 min.
3) Segundo a direção técnica do hospital, diante da gravidade geral da situação em nível mundial, e não diferente no Rio Grande do Sul, este hospital opera atualmente com capacidade próxima a 300% acima da média.
4) Considerando os fatos, foi imediatamente instaurada uma sindicância para verificar as possíveis causas da instabilidade temporária na central de Oxigênio (O²).