Araricá – Sinais de um pedido de impeachment do prefeito Flávio Foss (PSL) começam a se desenhar. Após uma sequência de pedidos de informações não respondidos, as vereadoras que integram o bloco de oposição mostraram indicativos das medidas que pretendem adotar durante a sessão da segunda-feira (11), na Câmara.
Um levantamento de todos os requerimentos em que as vereadoras não obtiveram respostas está em fase de elaboração.
O Regimento Interno da Câmara de Vereadores no Artigo 99 Inciso 1º dá as diretrizes em caso do prefeito (a) não atender as solicitações de informação dos vereadores, ou ainda, prestar esclarecimentos falsos. Por sua vez, o Decreto-Lei Federal 201 de 27 de fevereiro de 1967 dispõe os casos passíveis de cassação dos prefeitos e vereadores. É com base neste regramento que as vereadoras irão se apoiar. “Questionei quais os serviços que a Prefeitura presta aos agricultores e veio uma encheção de linguiça que não me disse nada. Isso é uma falta de consideração e respeito com os vereadores que levam ao Executivo os anseios da população”, cobrou Tanara Werb, do Democratas, reforçando que é corriqueira a soberba e desprezo com que as vereadoras são tratadas. “Acho que está na hora de achar outro meio de obter essas respostas”, cita Tanara.
Presidente pondera
A presidente da Câmara, Janice Machado (MDB), mostrou descontentamento com um pedido de informação envidado à Prefeitura sobre quando seriam efetivados repasses para as três principais entidades do município: Bombeiros Voluntários, Consepro e Liga Feminina de Combate ao Câncer. “Cobramos as datas previstas para o repasse das entidades. Enviamos ofício para o prefeito informar e a resposta foi que o nosso pedido de informação não apontava quais entidades. É uma falta de respeito e consideração”, disse Janice.
Vereadoras estudam reação forte
Ao fim da sessão desta semana, ao usar a tribuna, Jordana de Lima (Republicanos), expôs que o grupo das vereadores tomará as providências cabíveis. “Estamos correndo atrás e adotaremos algumas medidas. Não está sendo respondido o que perguntamos e estamos vendo o que podemos fazer em relação a isso”, projeta a vereadora. “O prefeito está nos impondo uma dificuldade muito grande no sentido de fiscalizar. Arruma desculpas, não nos encaminha documentos e explicações que solicitamos, sem contar a agressividade que ele usa nas argumentações”, pondera a vereadora Maele Garcia, do Democratas.