Em mais um aniversário da cidade de Sapiranga, o Jornal Repercussão conversou com a prefeita Carina Nath para fazer uma avaliação de seu mandato, que entra no quarto ano em 2024, e também o planejamento para os próximos meses da cidade.
Nessa conversa, que você confere nas próximas páginas, Carina não esconde o amor pela cidade, o desejo de cuidar das pessoas e também fala sobre os investimentos realizados no município, as dificuldades enfrentadas com praticamente dois anos de pandemia, como trata a questão de reeleição e ainda o que projeta de melhorias para a cidade.
A prefeita também destaca pontos importantes de seu mandato e do legado que sua atuação e da equipe vão deixar para o município ao final dos quatro anos de governo.
Jornal Repercussão: Diversas ruas da cidade em, diferentes bairros, estão recebendo obras de pavimentação. Como que foi pensado esses investimentos?
Carina Nath: Nós realmente queríamos contemplar todos os bairros da cidade, então elencamos critérios para que as pessoas fossem atendidas. Ruas de ligação, onde temos escolas, empresas, postos de saúde, onde não há pavimentação alguma (saibro) ou onde há pessoas que utilizam cadeira de rodas e, ainda, onde o transporte público circula, são ruas que tiveram prioridade. Exemplo foram as ruas de ligação, onde percebemos uma demanda que precisava de melhorias, como a Major Bento Alves até a Edwin Kuwer, que é uma via muito perigosa, com alto fluxo de veículos e sem acostamento, que terá alargamento de pista, calçada e ciclovia. Se formos para o bairro São Luiz, temos a extensão da pavimentação na Presidente Kennedy, alguns trechos, inclusive, com duplicação e isso se estende até rua Rubaldo Emílio Saenger (a rua das piscinas do Eraldo).
Já no Centenário, a rua Alberto Schmidt, a “rua do Estadual” (Padre Antonio Vieira), que tem uma alta circulação em função do Fórum e da escola, também estará recebendo obras.
Quanto aos alagamentos, nas proximidades da UPA, que é um problema histórico, a empresa vencedora da licitação já iniciou as obras de adequações ambientais. É uma obra de mais de R$ 5 milhões em drenagem, desapropriação e pavimentação também.
Tem, também a 20 de Setembro, que precisa ser duplicada, ali no bairro Oeste, que tem um alto tráfego. É uma via que, mesmo estando praticamente no Centro da cidade, é de chão batido. Então, vamos fazer essa importante obra.
Toda a cidade está em obras e essas obras beneficiarão toda a população com a execução de 12 pacotes com ações de infraestrutura.
Nós estamos planejando a cidade para o futuro, daqui a 10, 20 anos, não só agora na administração da Carina, mas depois, para vermos a cidade crescendo e se desenvolvendo.
Jornal Repercussão: O que vocês estão projetando para a área de desenvolvimento econômico, Fly.Hub e Sapiranga Summit?
Carina: Sobre o Sapiranga Summit, nós estamos realizando as pesquisas para fechamentos dos contratos. Alguns, inclusive, como nos outros anos ocorreu, serão sem nenhum custo, devido às parcerias que conseguimos adotar e a visibilidade que o Sapiranga Summit conseguiu alcançar. Serão grandes nomes. É isso que queremos, Sapiranga como um grande polo de inovação, de tecnologia, de desenvolvimento, principalmente, desenvolvimento das pessoas. É isso que o espaço do Fly.Hub vai proporcionar a todos nós e as novas empresas que se instalarão no local.
As licitações do Fly.Hub estão encaminhadas e, logo, logo, as estruturas e móveis estarão chegando, como também o chamamento para a instalação das empresas no local. Será uma virada de chave na economia da cidade.
Ainda nesse sentido, é importante destacar que a nossa base econômica é o calçado. Nós mantemos o calçado, fortalecemos nossa base, exemplo foi a criação da Escola do Sapato, mas também criamos novas possibilidades. Temos mão de obra sendo formada na cidade, em nossas escolas municipais, particulares e federal. Depois dos alunos formados, vamos deixá-los ir embora? Não. Queremos que ele fique aqui na nossa cidade.
Jornal Repercussão: E o que você pode falar sobre a atração de novas empresas?
Carina: Desde que assumimos a gestão, temos recebido muitas empresas que têm interesse em se instalar em nosso município ou ampliar suas instalações e isso já é realidade, várias obras ocorrendo e outras já instaladas. O Summit, o Complexo Industrial, colocaram Sapiranga em evidência, “na vitrine”.
Foi possível enxergar que Sapiranga conta com uma localização privilegiada, próximo à capital, ao Litoral e à Serra, com uma rodovia (RS-239) que facilita a logística dos produtos e com um acolhimento diferenciado aos empreendedores, que podem contar com uma política de incentivos especial.
Jornal Repercussão: Na área da educação, estão acontecendo reformulação nas escolas, recentemente foi instalada a escola bilíngue, como estão as ações nessa área?
Carina: A primeira escola pública bilíngue é em Sapiranga. É aquilo que eu te falei antes, nós estamos pensando na cidade para o futuro. Toda criança que está aprendendo inglês dentro da nossa escola municipal hoje, em alguns anos, estará pronta para o mercado de trabalho.
As crianças estão encantadas, elas aprendem muito rápido, até porque temos professores extremamente qualificados, um material didático de excelência, tudo para que o aluno aprenda cada vez mais. Aliás, não são só eles que aprendem, os pais também. Vários vieram conversar conosco dizendo: “eu precisei comprar um dicionário pra entender o que eles estão falando. Meu filho chega em casa falando em inglês, rindo, e eu não entendo, então preciso correr atrás”. A criança leva uma nova língua para casa e toda família acaba aprendendo e, o que é melhor: gratuitamente.
Jornal Repercussão: Como está a situação das obras de prevenção de enchentes?
Carina: Nunca foi investido tanto em obras de drenagem e macrodrenagem no município, isso que estamos realizando é inédito. O levantamento dos pontos de alagamento já havia sido realizado no início da administração e algumas obras também. Fizemos um cronograma e estamos executando as obras, uma por uma. Começamos na Tupanciretã, depois fomos para a rua da Nova República, agora para UPA. Nós vamos aonde existe o problema, e resolvemos. Existe o alagamento, chamamos a Secretaria de Obras, se ela não consegue resolver, a engenharia é acionada.É necessária a troca da canalização? Precisa contratar obra? Todos os problemas que existiam há décadas vão sendo solucionados.
Após o ciclone de junho, temos trabalhado ainda mais. Temos uma programação nos trabalhos, que ocorre semanalmente: limpeza de boca-de-lobo, troca de canalização e novas redes. Nós contratamos uma “máquina anfíbio” que, nada mais é, que uma pequena escavadeira em cima de boias, pra fazer desassoreamento, limpeza e retirada de vegetação. Esse serviço veio para ficar. A instalação de galerias também irá resolver muitos problemas de alagamento.
Jornal Repercussão: Algo inédito na região é a Parceria Público-Privada (PPP) da iluminação pública, com investimento de R$ 140 milhões. Como isso foi idealizado?
Carina: Foram várias conversas, horas de planejamento. Nosso setor de projetos começou a ver que grandes cidades tinham as Parcerias Público-Privadas e resolvemos colocar Sapiranga nessa ideia. Em parceria com o BRDE, em alguns meses, dando tudo certo no processo licitatório, teremos nossa cidade com 100% de lâmpadas de led.
O nosso foco aqui é cuidar das pessoas. E o quanto representa essa obra no cuidar das pessoas? Iluminação é segurança, melhoria na qualidade de vida da população.
Jornal Repercussão: E o que você pode falar sobre a área da saúde?
Carina: Tínhamos uma preocupação em poder atender as pessoas com mais qualidade e agilidade. Aquelas pessoas que saíam do trabalho e precisavam ir até a UPA, porque era somente essa alternativa sem precisar faltar ao trabalho, resolvemos criando o horário do trabalhador, quando as pessoas podem ir para os Centros de Saúde até às 19h e, também, no posto do Centro até as 21h. O trabalhador chega em casa, percebe que seu filho está doente e pode ir para a unidade do seu bairro, onde o médico já conhece, a enfermeira já conhece. Na USE, ampliamos as especialidades, pra poder fazer o maior número de atendimentos possível aqui na cidade. No caso das referências, que o atendimento é regionalizado por regra, nós oferecemos o transporte. Na questão das cirurgias eletivas, nós chamamos o hospital para conversar e perguntamos: “além do quantitativo que nós temos hoje, quantas mais vocês conseguem fazer?”. E, dentro das possibilidades do hospital , além dos R$370 mil, repassados mensalmente, também fizemos o repasse de R$1,6 mihão, pra que fossem realizadas mais cirurgias e diminuir a fila de espera, isso está sendo realizado nos mutirões.
Jornal Repercussão: Você pode anunciar que é candidata à reeleição?
Carina: Sou pré-candidata à reeleição. Estamos trabalhando muito, mas tem muito mais a ser feito. Esses quatro anos passaram muito rápido, sem contar que tivemos um ano e meio de pandemia, mas é pouco tempo para tudo que ainda temos projetado, que temos para dar continuidade. Tivemos um início muito bom, que são esses quatro anos, e tem muito mais a ser realizado.
Tenho orgulho do nosso povo que é trabalhador, dedicado, da equipe que temos ao nosso lado, trabalhando conosco, não em causa própria, mas sim, pensando na população da nossa cidade e todos com um objetivo comum: que nossa Sapiranga cresça e se desenvolva cada vez mais.