Sapiranga/Araricá – Uma nova decepção. Ainda tentando superar a morte brutal da filha Gabriele Wilbert, 23 anos, ocorrida em 2020, a família agora busca a compreensão com a pena do acusado do crime, seu ex-namorado Marlon Eduardo Parnoff Machado, 25 anos. O julgamento do réu aconteceu quarta-feira (2), no Fórum de Sapiranga, e ele foi condenado a 15 anos de prisão.
A mãe Leopoldina Wilbert diz que o resultado do julgamento é decepcionante. “Nós estivemos presente o tempo todo, assistindo tudo. Foi desgastante, a gente sofreu anteriormente, por toda a situação e, agora, após reviver tudo, ver todas as provas e, mesmo assim, ver que ele ganhou o mínimo de pena. A gente esperava, no mínimo, 20 anos. Foi decepcionante, a gente está bem triste, decepcionado com a justiça”, desabafou ela.
O reencontro com o assassino da filha, três anos após o crime, também foi terrível para os pais. “Mas fazer o quê? Agora, é esperar a justiça de Deus, porque do homem é bem complicado. Reviver tudo de novo, tudo como foi, parece que a gente é culpado, que é a gente que tem que sofrer”.
UMA SEMANA DESAPARECIDA ATÉ A LOCALIZAÇÃO DO CORPO
Gabriele era moradora de Araricá e desapareceu na sexta-feira, dia 15 de maio de 2020. Após um intenso trabalho da Polícia Civil de Sapiranga, seu corpo foi localizado enterrado na madrugada da sexta-feira para sábado seguinte, na Prainha Dourada, em uma área de vegetação nativa, em Sapiranga. Por ciúmes, Marlon a matou com um tiro na cabeça e depois enterro seu corpo.
Bastante querida na comunidade, a semana do desaparecimento seguida da localização do corpo de Gabriele mobilizou e chocou toda a região.