Sapiranga – A Polícia Civil concluiu a investigação que apurou a morte de Gilmar Dias, 50 anos, após a queda de ponte pênsil no Camping Paraíso Verde, em Sapiranga, no mês de fevereiro. Além da vítima fatal Gilmar, a ocorrência resultou em mais quatro pessoas, da mesma família, feridas.
Segundo o delegado Clóvis Nei da Silva, que presidiu o inquérito, os proprietários do camping, um homem de 27 anos e a mulher de 31 anos foram indiciados por homicídio culposo, em razão da negligência com a manutenção da ponte. Eles também serão indiciados por lesão corporal das outras quatro vítimas.
CAUSAS DA QUEDA DA PONTE
O laudo pericial elaborado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), constatou que a principal causa do desabamento foi o avançado grau de corrosão dos cabos de aço de sustentação da estrutura, gerando uma seção transversal com capacidade de carga inferior. Os arames, que compunham os cabos, tiveram sua resistência diminuída até o ponto de rompimento. “Isso denotou a falta de manutenção adequada, o que seria observado em inspeção de rotina por profissional qualificado. Ademais, não haviam nas cabeceiras da passarela placas indicativas de carga ou lotação máxima da estrutura. Os barrotes transversais, os quais apoiavam os longitudinais, eram apoiados diretamente sobre os cabos de aço, sem travamento que impedisse a movimentação dos tirantes no sentido transversal. A ligação entre os barrotes, por tábuas de madeiras, era deficiente e precária. A passarela não possuía projetos de engenharia (estrutural, arquitetura, etc.). Pelo que se apurou, não ocorreu manutenção nos cabos de aço que sustentavam a estrutura”, detalha o delegado.
A vítima Gilmar faleceu por traumatismo craniano encefálico. As demais vítimas tiveram traumatismos diversos.
EM TEMPO
A reportagem tentou entrar em contato com a direção do camping, mas não obteve êxito até o fechamento desta reportagem, às 16h20. O espaço segue aberto para contraponto dos proprietários.