Polícia Federal realiza investigação de empresa que atuava no mercado de criptomoedas

Região – A Polícia Federal, junto de servidores da Receita Federal e Polícia Civil, realizou na manhã desta terça-feira, 21 de maio, uma mega operação de investigação contra a empresa InDeal, que atuava no mercado de criptomoedas sem autorização do Banco Central.

A empresa que não teria a autorização do Banco Central para captar recursos de terceiros para investimento de criptomoedas, prometia ganhos de ao menos 15% já no primeiro mês de aplicação.

A operação contou com 130 policiais federais, 20 servidores da Receita Federal e seis policiais civis, que cumpriram dez mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão nas cidades de Campo Bom (1), Porto Alegre (3), Novo Hamburgo (13), Esteio (1), Estância Velha (2), Laguna (1) e Florianópolis (1) no estado de Santa Catarina e em São Paulo (3), capital paulista.

Além disto, foram expedidas ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros em nome de pessoas físicas e jurídicas, de dezenas de imóveis e a apreensão de veículos de luxo.

O inquérito policial foi instaurado em janeiro de 2019 e aponta que os sócios da instituição financeira clandestina apresentaram evolução patrimonial muito elevada, e que em alguns casos, passou de menos de R$ 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano.

De acordo com a receita federal, em apenas uma das contas da InDeal, foram depositados R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019.

Além dos crimes de operação de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o inquérito apura o envolvimento de pessoas que teriam tentado obter informações sigilosas da investigação e que foram identificadas.

A operação foi denominada Egypto, devido a similaridade com o termo “cripto” e pelo fato de que o negócio foi classificado por terceiros como de “pirâmide financeira”.

A redação do Jornal Repercussão contatou a assessoria de comunicação da Polícia Federal, mas não obteve detalhes específicos quanto a ação desencadeada em Campo Bom.

Fonte e fotos: Polícia Federal