Polícia Civil cumpre novos mandados de prisão preventiva em Clínica Terapêutica de Sapiranga

Sapiranga – A Polícia Civil  cumpriu na tarde desta terça-feira, 14, dois novos mandados de prisão preventiva na Comunidade Terapêutica Ferrabraz.

Foram presos o coordenador terapêutico da clínica, que possui antecedentes por furto, furto qualificado, lesão corporal, comunicação falsa de crime ou de contravenção, ameaça, sequestro e cárcere privado e associação criminosa, e um outro indivíduo, que exercia a função de monitor, e possui antecedentes por posse de entorpecentes.

Os agentes da DP de Sapiranga, que monitoravam o local, avistaram a chegada dos veículos Polo branco, utilizado pela clínica para resgate e remoção, e um Corsa prata. Ao entrar na clínica, de posse do mandado de busca e apreensão, a equipe de policiais encontrou no local, revirado, o coordenador terapêutico, funcionários e um interno que sofre de transtornos mentais. O coordenador e os funcionários estavam fazendo as malas para irem a Santa Catarina, onde, conforme a PC, estariam abrindo uma nova Clínica. Os dois detidos serão conduzidos ao sistema prisional.

O interno, encontrado no local, recebeu auxílio da Assistência Social e será encaminhado para uma clínica adequada.

Entenda o caso
Em 30 de julho uma ação conjunta da Prefeitura, Polícia Civil, Ministério Público (MP), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros fechou a Clínica Terapêutica Ferrabraz, no bairro Santa Fé, quando 12 pessoas foram presas em flagrante, entre eles, o presidente da comunidade.

Em 31 de julho, a justiça mandou soltar todos os 12 presos, durante a operação. Os suspeitos foram soltos após o advogado dos presos, Rafael Guerreiro Noronha, ter entrado com pedido de liberdade provisória na Justiça.

Agora, conforme boletim da Polícia Civil, os agentes da Delegacia de Polícia de Sapiranga, em continuidade às investigações que prenderam as 12 pessoas na Clínica, cumpriu nesta terça-feira, 14, um novo mandado de busca e apreensão e mandados de prisão preventiva (para garantia da ordem pública), expedidos pelo Juiz da Vara Criminal da Comarca de Sapiranga.

Essas ordens judiciais foram expedidas mediante representação da autoridade policial feita após a prisão em flagrante e concessão de liberdade provisória dos 12 presos. Os novos pedidos foram motivados pela prática dos crimes de coação no curso do processo, constante ruptura da ordem pública e reiteração criminosa para prejudicar o Inquérito Policial que apura os crimes de sequestro, cárcere privado, tortura, maus tratos, formação de milícia e fraude processual.