Sapiranga – A Estação Rodoviária de Sapiranga está prestes a encerrar seus atendimentos. Segundo informações do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer), o atual concessionário do local encerra a prestação de serviços em 31 de janeiro de 2024.
O término da atual concessão está em andamento e reuniões ocorreram nas últimas semanas entre as partes envolvidas. Assim que for concluído, o Daer iniciará os trâmites para uma nova licitação de concessão do local. A previsão do Estado é concluir o processo licitatório em seis meses.
Dois processos licitatórios já foram realizados: no primeiro, não houve propostas de empresas para concessão; no segundo, a mesma empresa venceu em diversas cidades, porém, não assumiu a prestação de serviços.
Segundo o Daer, a estrutura do prédio precisa passar por adequações conforme formatações das rodoviárias. Essas adequações enquadram metragem, divisões internas e, inclusive, um local específico para ponto de venda de passagens para tornar o processo licitatório mais atrativo para empresas.
Novo local de embarque
A Prefeitura de Sapiranga participou de uma reunião com o Daer para encontrar uma solução para a situação. Inicialmente, ficou definido que a Administração Municipal deve estabelecer um local para embarque e desembarque de passageiros, temporariamente, até a escolha do novo concessionário da rodoviária. O itinerário dos ônibus intermunicipais na cidade também deve ser definido pela prefeitura.
Conforme apurado pelo Repercussão, a ideia é instalar um paradão em um ponto estratégico do município para acolher os passageiros que necessitam do transporte. Desde que recebeu o ofício do Daer, a prefeitura mantém contato com deputados e lideranças para viabilizar o processo o mais rápido possível. “Enquanto não houver empresa vencedora da licitação, devemos só indicar a parada oficial”, destaca a prefeita Carina Nath.
Nota da redação: O responsável pela Rodoviária de Sapiranga entrou em contato com o Grupo Repercussão, e alegou que a empresa tem o desejo de continuar prestando o serviço no município. Porém, com a redução de fluxo de passageiros que ocorre ano após ano, a concessionária não está mais conseguindo manter o espaço. Segundo ele, a rodoviária gera cerca de R$ 15 mil de prejuízo ao mês. O custo se dá devido ao alto valor de manutenção do prédio, com despesas como aluguel, água, luz e pagamento de funcionários, que não são cobertos pelos valores comissionados em venda de passagens para os usuários. Ele destacou, ainda, que o desejo da empresa é alugar parte do prédio, para poder manter o serviço ativo em um espaço menor na parte da frente do local.