Sapiranga – No último final de semana, Sapiranga se tornou o palco para uma das mais importantes competições do circuito de downhill. As atenções começaram a se voltar para a pista da Villa Paiva, no Morro Ferrabraz, já na quinta-feira, quando iniciaram os treinos e reconhecimento de pista. Muitos, dos mais de 300 atletas inscritos, competiram pela primeira vez no local.
Os competidores estavam divididos entre categorias oficiais e extraoficiais, masculino e feminino e vieram dos mais diversos países da América Latina, ao todo 11 nacionalidades estiveram representadas na competição.
O Pan-americano de Downhill aconteceria no ano passado. Mas, por conta do início da pandemia de coronavírus, acabou transferido para 2021 e, mesmo assim, alguns atletas estrangeiros não puderam comparecer ao evento, devido ao fechamento de algumas fronteiras. Ainda em 2020, foi construído o portão de largada junto das rampas de decolagem no Morro Ferrabráz, através de recursos da Prefeitura.
No primeiro dia de reconhecimento da pista, na quinta-feira, a chuva causou apreensão entre os atletas, já que o barro provocado deixa o trajeto mais perigoso. No entanto, logo o sol apareceu e todos puderam mostrar o seu talento através da velocidade, técnica e ambiente de adrenalina que só os esportes de aventura podem proporcionar.
Chuva na quinta e sexta-feira deixou a pista mais pesada, mas não diminuiu o espetáculo
“É uma oportunidade para as pessoas conhecerem o esporte, conhecerem aqui o morro, e também para Sapiranga estar recebendo um evento internacional, radical, deste tamanho”, declarou Marcos Lorenz, diretor da Radical Sports, que é organizadora do evento. Lorenz também falou dos cuidados na pista. “Muito tombo, porque o barro ele transforma a pista, é legal para o público, mas para o atleta se torna um pouco desgastante, perigoso. Mas também é uma característica do esporte”, explica.
Inspiração para as futuras gerações de atletas
O sapiranguense Léo Becher, de 18 anos, confirmou o favoritismo e se sagrou campeão da categoria Junior no domingo. Léo visitou a sede do Jornal Repercussão e falou sobre a emoção da conquista em casa. “A felicidade é muito grande, eu já tinha conquistado esse título em 2019, mas assim que foi anunciada a competição na minha cidade, Sapiranga, a emoção aumenta, é mais responsabilidade, tem um peso maior e, desde então, eu venho me preparando para isso e me dedicando cada vez mais para conseguir o resultado”, declara.
Outra atleta de referência que esteve na competição foi Bruna Ulrich, de Ibirama – SC. Bruna falou com a nossa equipe no sábado e estava apreensiva com as condições do percurso, mas, mesmo assim, muito otimista para as finais. E foi nessa etapa que ela levou a medalha de prata na categoria elite feminina, essa foi a 6º medalha da atleta em campeonatos pan-americanos.
Uma competição dessa magnitude sempre causa uma comoção, seja pelos fãs do esporte, o próprio comércio local e hotelaria e, é claro, fica o ensinamento de que as conquistas, seja de chegar ao pódio ou mesmo só de estar entre os melhores, é o que vale a pena. “O conselho é não desistir, não parar de treinar, sempre querer mais, isso é muito importante”, destaca o campeão Léo Becher. O Lorenzo, de apenas 2 aninhos, assistiu as descidas na pista e já está inspirado pelo esporte, veja as imagens do pequeno.
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