Já faz algum tempo que a comunidade escolar da Escola Estadual Pedro Lenz, no bairro Amaral Ribeiro, está convivendo com uma situação desagradável e que está atrapalhando, inclusive, a circulação dos alunos em uma das calçadas junto ao prédio do educandário, na rua Carlos Brenner. Pessoas da redondeza estão realizando descarte irregular de lixo e outros materiais nesta calçada, o que acaba obstruindo a circulação de pedestres e, principalmente, dos alunos que utilizam o caminho diariamente.
Nos últimos dias, uma funcionária da escola flagrou uma pessoa, com um carrinho de mão, atravessando a rua e fazendo o descarte na calçada da escola (foto ao lado). “Faz bastante tempo que esta situação vem ocorrendo, mas esse flagrante a funcionária fez dias atrás”, informa a diretora Roseli Hoffmeister. “As vezes é recolhido no dia pela prefeitura e a noite já tem lixo novamente”, acrescenta a vice-diretora Denise Geni Friedirichs.
A situação da sujeira é, inclusive, motivo de reclamação da própria comunidade. “Muitas vezes falaram: ‘a calçada do Pedro Lenz está sempre suja’, mas a gente faz o possível para manter limpo”, explica Denise, ressaltando ainda que nem sempre a verba recebida do estado é suficiente. “Eu recebo R$ 1.893,00 por mês para a manutenção de toda a escola e a gente consegue limpar a calçada na medida em que temos verba, mas isso aqui nós não somos obrigados, porque não é uma situação causada pela escola, não fomos nós que causamos isso”, finaliza a diretora, anunciando medidas como a instalação de câmeras para tentar inibir o descarte irregular.
Situação revoltante
Conviver com a situação há anos, sem contar com o apoio da população, também é motivo de revolta pelas educadoras. “É complicado, porque a gente ensina a limpar, a cuidar e a não andar na rua. Mas aí os alunos saem da escola e já precisam andar na rua porque a calçada está obstruída”, cita Roseli. “Também tem a questão do patrimônio público”, acrescenta Denise. As professoras citam ainda que fazem o possível para manter a calçada limpa, mas a situação foge do controle. “Isso que temos a ajuda da prefeitura que sempre nos atende”, finaliza a diretora.
Instalação de câmeras
Como forma de tentar inibir que os “porcalhões” continuem a depositar o lixo de maneira irregular na calçada da escola, a direção prepara a instalação de câmeras de vigilância. “Vamos tentar, com a câmera, controlar essa situação”, avisa a diretora. “A gente não tem conhecimento de quem é, mas no flagrante do carrinho de mão se percebe que era alguém que estava limpando um terreno aqui por perto”, acrescenta.
Colaboração
A diretora da escola Pedro Lenz ressalta que a situação poderia ser pior se não fosse a colaboração da prefeitura. “A gente solicita a limpeza para a prefeitura e prontamente eles vêm e fazem a limpeza, mas é questão de dois, três dias, quando não é no mesmo dia para já estar sujo novamente”, explica Roseli.
No dia em que a reportagem esteve no local para conferir o problema, até cinzas de churrasqueira estavam depositadas em meio a telhas quebradas, galhos e outros materiais.