Campo Bom – Após a entrega dos planos de contingência pelo Centro de Operações de Emergências da Saúde (COE) local, as escolas municipais de ensino fundamental (EMEFs) de Campo Bom já estão se preparando para o retorno das aulas presencias. As atividades das turmas de 9º ano das escolas serão retomadas na próxima terça-feira (3/11). De acordo com a secretária de educação e cultura do município, Simone Schneider, dos 684 alunos que estão habilitados a voltar, cerca de 450 (66%) já enviaram o termo de consentimento dos pais autorizando o retorno. Ficou definido, também, que deverão ser realizados no mínimo três encontros semanais com cada turma, sendo que as atividades poderão ocorrer durante 4 horas a cada turno. Ela explica que todas as EMEFs retornarão às atividades, mas a expectativa da pasta é de que a região R07 – Novo Hamburgo, do modelo de Distanciamento Controlado do governo estadual para controle da pandemia de coronavírus no RS, não volte a ser classificada com a bandeira vermelha, que indica risco alto de disseminação da doença. Segundo as permissões do estado, as escolas podem retomar atividades em regiões que estiverem em bandeira laranja, por pelo menos duas semanas consecutivas, ou amarela.
Para o retorno, a secretaria de Campo Bom adquiriu equipamentos de proteção individual (EPIs) e produtos de higiene, para garantir a segurança dos alunos na volta às aulas, e já está encaminhando para todas as escolas, inclusive as de educação infantil (EMEIs). Segundo a secretária Simone, os alunos receberão duas máscaras de proteção, e os professores e auxiliares de ensino, além das máscaras, ganharão face shields (proteção facial de acrílico). Também serão entregues às instituições termômetros corporais, tapetes sanitizantes, álcool 70% em gel e líquido, fita adesiva e fita zebrada, lixeiras com tampa, borrifadores e dispensadores de sabonete líquido e álcool gel. A licitação destes produtos comprados deve sair somente na próxima semana, com valor previsto entre R$ 90 mil e R$ 100 mil. “Nós compramos apenas para o retorno dos nonos anos de forma separada. Fizemos uma compra direta em função da entrega dos produtos em tempo hábil. É uma verba que nós ganhamos do Governo Federal para aquisição desse material pelo Programa Saúde na Escola (PSE)”, afirma Simone. Além disso, conforme a secretária, esses produtos foram comprados como um reforço para as escolas, já que desde maio a prefeitura vem adquirindo e entregando equipamentos de proteção e materiais de higiene.
Objetivo do retorno é auxiliar os alunos
A volta das atividades presenciais divide pais, professores, direções e gestores públicos. Enquanto uns prezam pela retomada para conclusão das atividades e fechamento do ano letivo, outros se preocupam com a segurança dos alunos e com a possibilidade de aumentar a disseminação da Covid-19. Mas a secretária Simone explica que o objetivo do retorno, nesse momento, é para ajudar e dar um reforço aos alunos de nono ano, que estão saindo da rede municipal, além de possibilitar um acompanhamento maior em relação a dúvidas e dificuldades que os estudantes possam ter tido durante o período de atividades remotas. “As escolas estão muito organizadas para esse retorno. O município fez todo o encaminhamento necessariamente para que não haja problema algum. Inclusive, demos autonomia às escolas para que organizassem da melhor forma possível. E fizemos isso porque temos escolas, por exemplo, que têm uma turma de nono ano. Mas temos escolas que têm oito turmas. Então, o retorno e a organização são diferentes de uma para outro. Tenho certeza de que vai dar tudo certo, porque as escolas estão organizadas com o material necessário para dar tranquilidade aos alunos, as famílias, bem como aos profissionais”, destaca Simone. Além disso, ela garante que os alunos que optarem por continuar com as atividades em casa continuarão tendo a devido atenção e atividades, da mesma forma que os adolescentes que voltarem às escolas.
Estado definiu protocolos mínimos
De acordo com o decreto estadual, cada escola deve respeitar o limite de 50% da capacidade da sala de aula. Pais ou responsáveis de cada aluno podem optar por não autorizar a participação em atividades presenciais, mas, em caso de autorização, devem enviar um termo de consentimento às escolas. O governo também estabeleceu uma série de medidas sanitárias para o retorno das atividades presenciais, suspensas desde 19 de março, assim como acontece em estabelecimentos comerciais. O decreto, porém, proíbe a realização de atividades coletivas em escolas em meio à pandemia. Outra regra é que regiões que estiverem com as bandeiras vermelha ou preta não poderão ter a volta às aulas.