Sapiranga – as estações mais quentes do ano, a ocorrência de acidentes envolvendo serpentes é maior. Isso acontece por causa do comportamento dos animais desse grupo, que por terem sangue frio, ficam mais ativos no calor. Em Sapiranga nenhum incidente grave foi registrado no último ano, mas os profissionais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Preservação Ecológica (Semape) dão algumas dicas importantes:
- NÃO REAJA E PEÇA AJUDA
Caso uma pessoa se depare com uma serpente, a melhor coisa a se fazer é não reagir. As cobras evitam a todo custo entrar em contato com as pessoas, e só vão atacar caso se sintam ameaçadas. Capturar o animal sem conhecimento técnico pode ser perigoso, a atitude correta é se afastar, acionar o Corpo de Bombeiros ou a Semape para fazer o recolhimento do animal.
- MATAR A COBRA NÃO SOLUCIONA
As serpentes desempenham um importante papel ambiental como, por exemplo, no controle da população de roedores, os quais podem se multiplicar muito, causando prejuízos ambientais, econômicos e de saúde. Além disso, serpentes são importantes para a ciência, pois seus venenos contém compostos fundamentais para produção de medicamentos. Também há o fato de que matar ou ferir qualquer animal silvestre é crime segundo legislação municipal, estadual e federal.
- EVITE LOCAIS PROPÍCIOS
No Rio Grande do Sul cerca de 80 espécies de cobras podem ser encontradas, sendo 13 delas chamadas peçonhentas, que apresentam risco à vida humana. Dentro do grupo das cobras venenosas, em Sapiranga, pode-se destacar a presença da urutu-cruzeiro e da jararaca. Comumente esses animais habitam áreas rurais e de mata, e podem ser atraídas para perto das casas em busca de alimento. Como gostam de se alimentar de roedores, deve-se evitar acumular lixo, ração animal e entulhos próximos às casas, pois tais condições atraem ratos, e consecutivamente, serpentes que querem comê-los. Para evitar acidentes, a orientação é fazer trilhas ou o trabalho rural usando botas e perneiras.
- EM CASO DE INCIDENTE
Nos casos em que o contato com a cobra não pôde ser evitado e houve a mordida (ou picada), a orientação é pedir ajuda para o resgate e receber atendimento médico o mais rápido possível, para a aplicação do soro antiofídico. Em nenhuma hipótese o ferimento dever ser cortado, tampouco deve-se fazer torniquetes ou passar produtos, devendo apenas lavar o local com água limpa e sabão. Se for possível fotografar a serpente é um recurso importante para ajudar na identificação, e ajudar os médicos a escolherem o soro antiofídico correto.
Contate a Secretaria de Meio Ambiente e Preservação Ecológica através do telefone (51) 3599-9500 – Ramal: 2223 ou Whatsapp (51) 98477-0242.
Texto: Cláudia Silva
Foto: Reprodução Internet