Campo Bom – No seu site, a Prefeitura de Campo Bom divulgou uma lista com as ações e valores relacionados à obra de revitalização do Largo Irmãos Vetter, um dos locais públicos mais tradicionais do município.
Quanto tempo durou a obra?
A revitalização do Largo Irmãos Vetter teve início em fevereiro de 2021, pouco mais de um ano e meio antes da reabertura do espaço, setembro de 2022.
A praça havia sido fechada em 2020 para reforma, porém, um atraso no repasse dos recursos por parte da Caixa Econômica Federal impediu o início da obra. Em razão da pandemia de Covid-19, houve a decisão de mantê-la fechada a fim de evitar aglomerações e a disseminação do vírus. A ação foi eficaz a ponto de manter o índice de mortalidade a cada 100 mil habitantes, em Campo Bom, abaixo dos que foram registrados em Novo Hamburgo e Porto Alegre, por exemplo. Os dados são da Secretaria da Saúde do RS.
É o que confunde os campo-bonenses.
Dado o início da obra em fevereiro do ano passado, o cronograma inicial previa a conclusão em sete meses. Em função de aditivos solicitados pela empresa responsável, o prazo se estendeu até dezembro, já que, apesar da reabertura, uma das etapas ainda não havia sido concluída, a recuperação da mandala central.
A revitalização do Largo Irmãos Vetter, portanto, ainda que tenha enfrentado inúmeros obstáculos, impostos principalmente pela pandemia, durou um ano e dez meses.
Qual foi o valor da obra?
A revitalização foi dividida em três etapas, se mostrando necessário o desmembramento da obra para o melhor entendimento dos valores e do que foi realizado em cada fase.
Etapa 1
R$ 296.777,76 foi o valor da primeira etapa da obra, sendo parte financiada pela Caixa Econômica Federal, R$ 248.888,88, e o restante de recursos próprios, R$ 47.888,88. Entre o que foi realizado, estão:
- Pintura com verniz antipichação da antiga fábrica dos Vetter, bem como a revitalização da estrutura metálica da fábrica;
- Instalação de novos brinquedos na pracinha, inclusive dois adaptados para a inclusão de cadeirantes, além da revitalização do dinossauro;
- Reforma de sete sanitários e das 16 salas comerciais atrás do palco, o que inclui pintura, instalação de lâmpadas de led e recuperação da parte elétrica e hidráulica;
- Revitalização do mobiliário urbano a partir da limpeza, pintura e troca de madeiras de 85 bancos, 47 guarda-corpos, 22 lixeiras e 20 floreiras;
- Implantação de bicicletários e postes de iluminação com lâmpadas de led;
- E reforma do palco, com reforço estrutural, pintura com o verniz antipichação e instalação de plataforma elevatória para cadeirantes;
- Entre outros.
Etapa 2
A segunda etapa teve investimento de R$ 274.777,78, sendo, novamente, parte financiada pela Caixa Econômica Federal, R$ 238.888,86, e o restante de recursos próprios, R$ 35.888,92. Entre o que foi realizado, estão:
- Manutenção do piso, com áreas que somam em torno de 8 mil m²;
- Revitalização da pedra portuguesa que representa a ciclovia, com extensão de 1,1 km;
- Implantação de 26 pontos de iluminação de led, sendo 17 luminárias de 3m de altura e 9 postes de 9m de altura;
- E substituição de 44 lâmpadas de sódio por lâmpadas de led, além da instalação de 8 refletores de led nos paredões do entorno do palco e, mais 8, na chaminé;
- Entre outros.
Etapa 3
A última etapa é a mais complexa da obra, pois é a que prevê a recuperação da mandala central, patrimônio histórico do Município, e do chafariz, há anos desativado. É, por consequência, a que exigiu maior investimento. O valor licitado foi R$ 1.238.888,87, totalmente custeado por recursos próprios. Entre o que foi realizado nesta fase, estão:
- Recuperação do chafariz, que agora tem as partes elétricas e hidráulicas totalmente revisadas e funcionais;
- Substituição das quatro bombas hidráulicas do chafariz, além da manutenção das outras 26, menores, instaladas no espelho d’água;
- Realocação dos transformadores que se encontravam abaixo da mandala para o palco principal, o que implica em maior segurança dos visitantes e, por se tratar de lugar com menor umidade, menos gastos futuros com manutenção;
- Substituição de 90 lâmpadas de sódio, no chafariz, por lâmpadas de led;
- Fabricação de 73 bicos de ejeção, já que o modelo não se encontrava disponível no mercado;
- O quadro geral de comando do chafariz também foi revisado e agora encontra-se em funcionamento;
- Reconstrução da mandala a partir da retirada das pastilhas existentes, correção do piso de concreto e fabricação de novas pastilhas para o mosaico, que tem área de 1.110 m², além da instalação de 125m de grelhas para contenção e absorção de água;
- Impermeabilização da mandala;
- Revitalização do espelho d’água, localizado no entorno da chaminé, com a recuperação das partes elétrica, hidráulica e de iluminação;
- Revitalização da chaminé, que tem 43m de altura e área de 900m²;
- Construção de jardins urbanos;
- Implantação de dois chimarródromos;
- Instalação de um pergolado de madeira e mesas para jogos de tabuleiro;
- Construção de um palco alternativo;
- Instalação de uma academia ao ar livre com nove equipamentos;
- Instalação de 400m de piso podotátil;
- E instalação do letreiro “Eu sou + Campo Bom”;
- Entre outros.
A terceira etapa, em razão da complexidade, é a única que contou com pedidos de reequilíbrio financeiro do contrato por parte da empresa. A defasagem de preços da construção civil foi o motivo dos pedidos que, depois de analisados pelo setor jurídico da Prefeitura, foram acatados. O valor dos aditivos somaram R$ 803.721,60.