Paquetá fecha fábrica, em Teutônia, e redireciona produção para outras unidades

Região – A calçadista Paquetá fechou sua fábrica em Teutônia, no Vale do Taquari, e está redirecionando a produção do local para outras unidades, como a de Sapiranga, para redução de custos. Há alguns anos, a empresa enfrenta uma crise financeira, e em 2019 entrou com pedido de recuperação judicial. Atualmente, a varejista sofre com os efeitos da pandemia na economia.

No mercado, circulava uma informação falsa de que o grupo Paquetá teria entrando em falência. Em entrevista, o advogado da empresa que atua no processo, Márcio Louzada Carpena, esclareceu que a recuperação judicial continua normalmente. De acordo com ele, a assembleia de credores para avaliar o plano apresentado pela empresa deve ocorrer somente após a pandemia, assim como outro negócios. Ele ainda afirma que o grupo investiga a origem da informação falsa e pretende acionar judicialmente os responsáveis.

 

No início de abril, a Paquetá fez uma leva de demissões que pode ter chegado a 1,5 mil trabalhadores dispensados. Atualmente, a empresa conta com cerca de 10 mil funcionários. De acordo com a Federação Democrática dos Sapateiros do Rio Grande do Sul, até a última segunda-feira (20), 4,5 mil funcionários haviam sido demitidos das indústrias de calçados.

Confira a posição da Carpena Advogados

A empresa informa que, em virtude da pandemia, teve de realizar ajustes em sua estrutura operacional, para a adaptar aos desafios do momento. A empresa segue com seu cronograma de reestruturação, aguardando redesignação de assembleia-geral de credores, suspensa em virtude das medidas de segurança sanitária. Na forma do artigo 170, da Lei 11101/2005, prestar informações falsas sobre processos de recuperação judicial, com fim de induzir credores ao erro, é crime.