A área onde se encontra a Reserva dos Contrafortes do Ferrabraz, que abrange cinco municípios, é o último resquício da Mata Atlântica preservada no Vale do Sinos. Situada junto à área rural, o espaço soma 3.200 hectares e conta com uma área de 62 quilômetros de perímetro, com morros de até 793 metros de altura. Recente estudo elaborado por técnicos e biólogos, que também está disponível no site do Ministério do Meio Ambiente, mostra que a preservação deste tipo de área é importante para a manutenção da biodiversidade e também dos recursos hídricos.
Desde a fundação do Núcleo Sócio Ambiental Araçá-Piranga, em 1998, integrantes do grupo vêm defendendo a criação de uma Unidade de Conservação junto aos Contrafortes do Ferrabraz. Entre as justificativas apresentadas pelos biólogos e ambientalistas que defendem a criação do espaço estão a defesa das mais de 192 espécies de árvores existentes na área.
Proteger as espécies de animais para manter a biodiversidade presente
Para as professoras do Centro de Estudos Ambientais (Cemeam) da Secretaria de Educação de Sapiranga, Fabiana Haubert e Catia Apollo, é preciso proteger os animais que ainda são encontrados junto ao Ferrabraz.
Bugio-ruivo
Animal nativo está em extinção devido à caça, destruição das matas e crescimento da população. É encontrado em matas de encosta (caso de Sapiranga).
Cobra-cruzeira
Da família da jararaca, vive em áreas de córregos e rios. Se alimenta de roedores e pode chegar até um metro e setenta. Possui hábitos noturnos, mas pode ser vista no fim de tarde.
Jaguatirica
A jaguatirica, quando adulta, pode chegar até 1,35 metros. Sua expectativa de vida é de até 20 anos. É o terceiro maior felino da América. A onça está no topo do ranking.
Tatu
Tem como característica marcante a armadura que cobre o seu corpo. Estes animais habitam o Ferrabraz e ajudam nos estudos da medicina nos casos de lepra.
Tucano-de-bico-verde
Pode chegar até 48 centímetros. Habita a copa de árvores altas e áreas montanhosas da Mata Atlântica. Consome ovos e filhotes de outras aves.