Por: Leonardo Oberherr
Com o advento do crescimento urbano, e os meios de transporte públicos cada vez mais caros, escassos e pouco confortáveis, a opção de muitos trabalhadores é juntar uma determinada quantia de valor e adquirir um veículo, seja ele uma moto ou um carro, para fazer as locomoções do dia a dia, para trabalho, escola e outros afazeres. Isso poupa tempo, dá mais conforto e oferece opções diversificadas de rotas ou atividades que antes, sem o veículo próprio, eram incapazes de serem feitos. Nesta realidade, e os seguros de veículos caros, muitos optam por deixar seu carro estacionado nas ruas, torcendo para que nada de ruim aconteça.
Mas nem sempre a torcida funciona. Em 2019, nas cidades de Araricá, Nova Hartz, Campo Bom e Sapiranga, 231 veículos foram furtados e 146 carros foram roubados, totalizando em 377 veículos levados pela criminalidade. Em muitos casos, os veículos são furtados e os criminosos contatam as vítimas em busca de uma quantia em dinheiro para devolver o bem. Nem mesmo o fato de estar na Área Azul, estacionado no Centro da cidade inibe a ação dos criminosos à luz do dia. Caso semelhante aconteceu com Bruna Bertoldi, de 22 anos, que foi trabalhar e deixou seu veículo na Rua Sete de Setembro, no bairro Centro e na volta, viu que o veículo não estava lá.
Carros populares são alvos
O delegado de Sapiranga, Fernando Pires Branco, alertou sobre como os criminosos podem pensar: “A questão é que os bandidos sabem que estes carros geralmente não possuem seguro e sistemas de segurança tão sofisticados. Logo, são mais fáceis de serem levados, e as vítimas são passíveis de serem extorquidas, pois não suportam todo o prejuízo da perda do carro”. Uma vítima de furto que preferiu não ser identificada, revelou a surpresa quando percebeu que seu automóvel tinha sido levado pela criminalidade: “Eu deixei o carro perto ali do Centro de Cultura e fui trabalhar. Nunca dei bola para isso, haviam outros carros perto do meu, até mais caros, não achei que iriam preferir furtar um carro mais simples. Quando cheguei ele não estava mais lá” – comenta a vítima.
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