Sapiranga – Um insumo hospitalar muito importante está em escassez no mercado global, o contraste iodado. Utilizado em exames de imagem, como tomografias, a substância permite visualizar a vascularização em determinadas partes do corpo dos pacientes.
Em função desta falta, o Ministério da Saúde emitiu, no mês de julho, uma nota oficial orientando o uso racionado do insumo. Alguns motivos são apontados como causas para essa falta, como o aumento da demanda de exames de imagem pós-pandemia; escassez do iodo, elemento químico essencial nas formulações dos meios de contraste usados em tomografia; interrupção, provisória, do fornecimento por uma das empresas com importante fatia deste mercado.
Os meios de contraste na radiologia têm a finalidade de distinguir lesões que não seriam identificadas sem o uso do mesmo. A enfermeira e coordenadora de diagnóstico do Hospital Sapiranga, Graciele Nonemmaker, comenta sobre o racionamento. “Contamos com radiologista presencial e todos os pedidos com contraste são avaliados. Na radiologia, um exame complementa o outro. Em alguns casos, são conduzidos exames na ecografia e ressonância magnética. Sempre que existe essa possibilidade, o médico radiologista orienta qual será a melhor técnica para diagnosticar a suspeita médica”.
Adequação de procedimentos
A diretora executiva do Hospital Sapiranga e secretária da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS, Elita Herrmann, explica que “os hospitais e clínicas adequaram os seus protocolos fazendo exames sem contrate na maioria das vezes. A maior dificuldade está no contraste de tomografia que, quando possível, está sendo substituída pela ressonância. Para que o contraste seja usado em casos estritamente necessários”.
Constante procura pelo insumo
Em Taquara, o Hospital Bom Jesus monitora a situação do contraste iodado com os fornecedores diariamente e também precisou se adaptar, obedecendo à determinação do Ministério da Saúde.
“O hospital realiza controle de estoque, prioriza as unidades existentes para casos de pacientes com maior risco e em condições clínicas de urgência e emergência, evitando-se, assim, qualquer desperdício.
Sempre que possível, a instituição utiliza outro método de diagnóstico, priorizando a rapidez no atendimento ao paciente” declarou a casa de saúde, através da assessoria.