Sapiranga – Na última semana, os Grupos Reflexivos de Gênero iniciaram um novo ciclo de encontros, organizados pela equipe do Centro de Referência no Atendimento à Mulher (Cram) de Sapiranga.
O projeto que atinge envolvidos em situações de violência doméstica tem como objetivo a interrupção de um ciclo e conscientização para as causas do problema. Os grupos são distintos, para os homens, os quais estão sob medida protetiva, os encontros acontecem quinzenalmente. Já as mulheres se encontram uma vez por mês na sede do Cram, que foi recentemente reformada.
A iniciativa funciona a partir de intimação judicial, mas não tem caráter de punição, como explica a assistente social Silvia Maciel. “Não viemos aqui para condenar os homens e nem para julgar as mulheres, é um trabalho de conversa e esclarecimentos. Em grupo eles podem compartilhar as suas questões e entender o que aconteceu. Muitos chegam no grupo sem mesmo saber o porquê estão ali, o nosso papel é de reorganização pessoal, psicológica, social”, defende a coordenadora do projeto.
Ao longo dos encontros, outros profissionais como advogados e psicólogos contribuem. O delegado Clóvis Nei da Silva participou de algumas reuniões. “Costumo dizer que é um dos nossos principais trabalhos, no passado foram mais de 600 medidas protetivas aqui em Sapiranga, então a importância de trabalhar essa parte de prevenção, de interromper um ciclo de violência. Os grupos fazem um trabalho fundamental para evitar a reincidência”, destaca o delegado.
O projeto dos grupos reflexivos de gênero é ligado ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) e a ausência do homem intimado nos encontros, significa o descumprimento da medida protetiva. O Cram de Sapiranga já está no quarto ciclo dos grupos e a coordenadora Silvia Maciel está auxiliando na implantação em outras cidades da região como Canela, Campo Bom Dois Irmãos e Esteio.
Por Prefeitura de Sapiranga