Por Júlia Regla
Campo Bom – O atual Grupo de Combate ao Tabagismo de Campo Bom teve início em 2017, com o governo do prefeito Luciano Orsi e com o apoio da primeira-dama, Katia Orsi, nas dependências da Secretaria de Saúde, quando, na época, liderado por uma médica da rede, deu início as reuniões do programa atendendo as diretrizes do Ministério da Saúde, e já na primeira turma de pacientes, obteve-se um sucesso de 40% do abandono ao hábito de fumar.
Nos últimos anos, o grupo foi se consolidando, alguns membros seguiram novos rumos e outros chegaram para engrandecer e fortalecer o trabalho que hoje é referência no município. “O grupo é composto por uma equipe multiprofissional, com nutricionista, educador físico, enfermeiro, farmacêutico, cirurgião-dentista, técnico de enfermagem e médico”, comenta a coordenadora geral do programa em Campo Bom, Rita Spengler.
Todas as pessoas que fumam podem participar do projeto, seja em uso regular ou esporádico, visto que o grupo acredita que todos devem ser encorajados a abandonar o hábito tabágico e oferece tratamento igualitário.
O Grupo de Combate ao Tabagismo possui turmas que se encontram, atualmente, na Secretaria Municipal de Saúde nas quartas-feiras ou na Estratégia Saúde da Família (ESF) Rio Branco nas quintas-feiras. O tempo estimado de tratamento é de 3 meses, porém, se há necessidade por parte do paciente, a duração pode ser estendida em até 4 meses.
Os maiores desafios que a equipe encontra
“Falar da prevenção à iniciação do tabagismo com adolescentes e crianças é mais um grande desafio dessa equipe. Hoje, os DEFs (dispositivos eletrônicos para fumar), mais conhecidos como “vapes” ou pendrives”, vem ganhando a atenção deste público e preocupando profissionais de saúde, pois se apresentam de formas variadas, com cores e sabores diversificados, tornando este consumo “visualmente aceito” pela sociedade em geral. Porém, é importante esclarecer que o DEF, assim como o cigarro, é proibido no Brasil desde 1996, que traz diversos malefícios à saúde, causa dependência e é fator de risco para diversas outras patologias”, diz Rita.
A importância do Grupo
O Grupo de Combate ao Tabagismo teve início no mandato do governo do prefeito Luciano Orsi. “Acreditamos que é dever do Poder Público garantir tratamento às pessoas que querem parar de fumar, assim como é oferecido para outras doenças, por isso, retomamos o programa em 2017, mais uma mostra do nosso compromisso com a saúde e o cuidado dos campo-bonenses”, destaca chefe do Executivo.
Metas alcançadas e próximas
As metas alcançadas pelo grupo giram em torno de 60% a 80%, mesmo que a utópica seja de 100%. “Entendemos que cada paciente tem o seu momento e isso é muito respeitado pelo grupo de trabalho. Independente de termos 1 ou 12 pacientes nos encontros, o engajamento dos profissionais é o mesmo, pois acreditamos que, se com nosso esforço conseguirmos ajudar uma família a abandonar o hábito de fumar, já é motivo de orgulho e satisfação aos profissionais”, reforça a coordenadora, que finaliza: “Recebemos muitas inscrições e isso tem nos desafiado a envolver outros profissionais nesse tipo de tratamento e, assim, ampliar os grupos de tratamento para mais unidades de saúde do município”.