68 anos de matrimônio. 2 filhos, 5 netos e 5 bisnetos. Uma vida de amor. Essa é a família de Nelson Egon, 89 anos, e Elga Fetter, 90, que celebram as Bodas de Chumbo em 2022.
O casal se conheceu no Salão Sperb em Parobé, em 26 de outubro de 1952. E foi necessário apenas mais um encontro, desta vez em um baile em Rodeio Bonito, para que Elga fosse atrás do moço por quem se encantou. Isso porque houve um desencontro no que seria o terceiro encontro. Nelson foi no baile da véspera de Natal, 24 de dezembro, e Elga no baile do dia do Natal, 25.
Mas determinada a localizar o “moço do baile”, a jovem, que na época não possuía celular e redes sociais, encontrou outra maneira de achar quem tanto procurava. Cartas.
Após buscas incansáveis e informações ganhas, Elga descobriu onde o avô de Nelson morava. Ele, por sua vez, recebeu a carta destinada ao neto e acreditou que era uma reclamação do quartel, visto que o jovem recém havia retornado do local. Já na casa de Nelson, foi descoberto que o papel era “apenas” uma carta da menina do baile, para alívio de todos.
A partir deste dia, o amor entre Nelson e Elga só cresceu. O casamento ocorreu dois anos mais tarde, em 20 de maio de 1954, em uma quinta-feira de muita geada, na Igreja Evangélica de Taquara.
O primeiro encontro foi em Parobé, o casamento em Taquara, mas é em Sapiranga que o casal vive há 67 anos – no mesmo endereço, no bairro Sete de Setembro, e formou uma família. Hélio e Joãozinho são frutos desse amor e deles, ganharam 5 netos e 5 bisnetos.
Conciliação entre maternidade e trabalho
A “Vó Elga”, como é carinhosamente chamada pelos seus familiares, nasceu na Picada Francesa, em Taquara, e estudou até o terceiro ano do ensino fundamental.
Com a necessidade de cuidar dos filhos, visto que na época não existiam creches, trabalhou durante nove anos com calçados em casa, buscando a pé o serviço direto da fábrica. Já com os filhos crescidos trabalhou dentro da mesma empresa durante 17 anos para, então, se aposentar.
Para ela, o maior desafio da maternidade foi trabalhar sem poder dar muita atenção para os pequenos.
