Sapiranga – Mais um capítulo de um protesto que tem apenas um objetivo: a busca de direitos. Assim, dezenas de ex-funcionários do Grupo Paquetá estiveram, na tarde desta sexta-feira (14), em frente a um dos portões de acesso da empresa para cobrar o que havia sido combinado. Outros, conforme eram chamados, estavam dentro das dependências da companhia para fazer os acertos, porém sem êxito.
Todos eles, demitidos entre os dias 4 e 5 deste mês, foram informados que dentro de 10 dias poderiam retornar à sede da empresa, em Sapiranga, para receber os direitos da rescisão (como saldo de salário – horas extras e outros adicionais; aviso prévio trabalhado ou indenizado; 13º salário proporcional; FGTS e até férias vencidas). E assim fizeram nesta sexta-feira. Mas nada disso foi cumprido.
Foram comunicados que terão de buscar os seus direitos na Justiça, caso queiram receber pelo tempo que prestaram sua mão de obra à empresa.
“Há, no mínimo, 50 pessoas na mesma situação que eu. Agora, teremos de procurar um advogado, já que ninguém nos dá um parecer. Fomos no Sindicato, que hoje à tarde está fechado e ainda não se posicionou. O meu FGTS, por exemplo, está atrasado há 44 meses. Alguém precisa se sensibilizar com a nossa situação. É desrespeitoso o que o Grupo Paquetá está fazendo com pessoas que tem que zelar por famílias”, disse um ex-funcionário, que trabalhou no Grupo Paquetá durante 26 anos.
Os ex-funcionários reclamam que os salários de junho estão atrasados, e que o FGTS não é depositado desde antes da pandemia de Covid-19. “Sem previsão de receber o que é meu de direito”, disse um ex-colaborador que atuou na firma por, aproximadamente, duas décadas. “Entendo que em algum momento uma empresa precise fazer cortes. Mas que seja da forma mais honesta e correta, pagando o que funcionários têm direito. Fico mal demais com isso, trabalhei desde os meus 14 anos aqui, hoje estou com 54”, disse outro.
O Grupo Paquetá está em grave crise financeira. Nenhum responsável da empresa esteve no local para conversar com a reportagem.
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