Os desafios para que o trem chegue até Campo Bom e Sapiranga começam a ter um fim a partir de uma parceria entre o Comitê Popular Regional Pró-Extensão do Trensurb – Vale do Sinos e Paranhana e a Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Câmara de Vereadores de Campo Bom.
A comissão, formada pelos vereadores Victor Souza (PCdoB), Jerri Moraes (MDB) e Alexandre Hoffmeister (PP), promove no próximo dia 14 uma nova audiência pública, com o objetivo de discutir o projeto de expansão da linha do trem metropolitano até a região. Durante o encontro, os representantes da Trensurb detalharão o estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira concluído em 2014, que avaliou a extensão da linha até Sapiranga.
O presidente da comissão, vereador Victor Souza, destaca que esta é uma oportunidade para que a comunidade e as entidades locais tenham um entendimento mais aprofundado do projeto, que se configura como um marco para o desenvolvimento da região. Ele comenta sobre a superação das expectativas em relação à chegada do trem a Novo Hamburgo, destacando os benefícios trazidos, como maior viabilidade, economia e estímulo aos negócios. “A vinda do trem até a nossa região significa um avanço, tanto para proporcionar uma maior mobilidade quanto para gerar novas oportunidades, fazendo com que mais empresas venham a se instalar aqui, gerando mais empregos e fazendo a economia girar”, afirma.
Formação do comitê
Para garantir um acompanhamento efetivo do progresso do projeto, Souza antecipa que será formado um comitê durante o debate, composto por representantes de entidades, empresários e moradores dos municípios envolvidos na região. A audiência está agendada para o dia 14 de dezembro, a partir das 18h30, no plenário da Câmara de Vereadores de Campo Bom (Rua Lima e Silva, 68, Centro). Está prevista a realização de mais audiências públicas nas cidades ao longo da rota de expansão da linha, sendo a primeira realizada em Sapiranga no dia 9 de novembro.
Como seria o projeto que aponta a melhor alternativa
Quanto ao projeto em si, um estudo conduzido pela Trensurb e finalizado em 2014 aponta que a ampliação da cobertura ferroviária até Sapiranga, por meio do sistema atual de trilhos, é inviável para a demanda projetada. A alternativa sugerida seria a expansão por meio dos Veículos Leves sobre Trilhos, conhecidos como VLT. O estudo, elaborado há nove anos, propunha um traçado de 16,5 km, com 16 estações. Em 2015, estimava-se um investimento de R$ 1,150 bilhões para a implementação do sistema, incluindo as desapropriações necessárias. Além disso, o mesmo estudo indicava que, em 2045, se o VLT fosse implantado, poderia transportar 25 mil passageiros por dia.