As queimadas no Brasil por algum tempo foram o centro das atenções dos noticiários do País e do Mundo. Entretanto, aqui mesmo, Corpos de Bombeiros da região também deslocaram equipes para combater chamas em vegetações. Claro que, não há comparações entre as proporções dos casos, entretanto, acidentes e manuseio irresponsável do fogo podem sim resultar em prejuízos para o meio ambiente e também mesmo em construções.
Em Sapiranga, por exemplo, no primeiro dia do mês de outubro, dois casos de incêndios em área de vegetação foram registradas em diferentes pontos. Na ocasião, a semana era marcada por tempo seco e predomínio das altas temperaturas e sensação de abafamento. Felizmente, não houve registros de feridos.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Sapiranga, Jurandir Santos de Lima, não existe aumento no número de casos em relação a outros anos. “São casos mais pontuais. Teve alguns que chamaram a atenção por terem sido no mesmo dia”, disse. Levantamento recente feito pela corporação aponta que, ao longo do mês de setembro, foram atendidos um total de 27 incêndios nas vegetações de terrenos. Enquanto do dia 1 de outubro até o dia 15, já haviam sido contabilizados 11 ocorrências do gênero.
Mais de 30 ocorrências
atendidas pelos bombeiros até o momento em Nova Hartz
Em Nova Hartz, ao todo, desde o começo do ano até o final de setembro foram atendidos um total de 32 ocorrências de incêndios florestais. Igualmente, agosto apresentou o maior número de casos, 13 ao todo. Em janeiro, foram 2 casos, fevereiro 2, março 2, junho 3, julho 6, agosto 13 e em setembro o total de 4. Ainda segundo os bombeiros da cidade, em diversos casos de ocorrências, os bombeiros não foram acionados. Ninguém ficou ferido com os episódios.
Cuidados básicos repassados
Conforme o comandante dos bombeiros em Sapiranga, a maioria dos atendimentos são registrados na zona urbana. “Geralmente são proprietários de terras que não querem fazer a limpeza da vegetação de modo correto e fazem as queimadas, em dias mais quentes qualquer bicuta que cai no chão e pode pegar fogo e também em diversas ocasiões, usuários de drogas entram em locais ermos e contribuem para registros de focos de incêndio”, afirmou Jurandir.
Os bombeiros recomendam que, a fim de evitar possíveis situações de chamas em vegetações, a população também deve ficar atenta a simples atitudes. Entre elas, não jogar pontas de cigarros ou fósforos à beira de estradas ou perto de vegetações e florestas, não soltar balões e também não usar fogo para a eliminar volumes de lixo ou para limpeza para plantações.
Mesmo que a prática tenha diminuido nas áreas agrícolas da região, queimadas em áreas de cultivo, mesmo que com a respectiva autorização para o procedimento, como é o caso da queima dos resíduos provenientes da colheita de florestas de acácia-negra, todo cuidado é necessário. Jamais fazer o procedimento em dias de calor ou de muito vento, diante estas condições climáticas é mais fácil o produtor perder o controle do fogo. O uso de fogos de artíficio também deve ser feito com toda atenção em períodos de seca para não incendiar áreas mais secas.
Legenda:Atendimento entre ruas Ernesto Spindler, Av. 20 de Setembro e Major Bento Alves, no Amaral Ribeiro, em Sapiranga.
Foto: Felipe Laux