Associados se mobilizam e impedem leilão de área da Coosapa em Sapiranga

Sapiranga – Os cooperados da Cooperativa de Trabalhadores Autônomos e de Produção do Vale dos Sapateiros e Paranhana Ltda (Coosapa), através de uma grande mobilização, reverteram uma situação quase que impossível: reunir um valor suficiente, em poucos dias, para impedir o segundo leilão da área na Rua Novo Hamburgo, pertencente à Coosapa, no bairro Quatro Colônias.

Sensibilizados com a manchete de capa do Repercussão (edição do dia 3 de abril), os cooperados procuraram o advogado, Juliano Fontes, que defende as vítimas do calote dado pela Coosapa e iniciaram uma série de agendas. “Um dia antes, fizemos um acordo com os cooperados, o credor e a cooperativa, e conseguimos dar uma entrada e parcelar o saldo restante em outras duas parcelas”, explicou o advogado.

O processo de leilão da área pertencente à Coosapa ocorria em virtude de um processo liderado por um posto de combustíveis. A dívida, se corrigida, passaria de R$ 150.000,00, mas com o acordo, reduziu para R$ 141.000,00.

Advogado explica mobilização

Desde que foi contratado, os cooperados mantêm uma comissão para decidir pontos fundamentais e emergentes sobre os futuros processos envolvendo a Coosapa. “Essa comissão conversa com os associados. Sabíamos dessa ação desde 2018, mas não tínhamos conseguido sensibilizar as pessoas da gravidade dos fatos, e isso só ocorreu graças ao Jornal Repercussão”, pontua Juliano.

Repercussão alertou neste mês

Se não fosse o jornal, acredito que o pessoal não teria se sensibilizado, e não teríamos o número suficiente de pessoas interessadas em ajudar para reunir, pois não é pouco dinheiro. Não estamos falando de R$ 14.000,00, e sim, de R$ 141.000,00. Se não fosse o alcance do Jornal Repercussão, não teria ocorrido essa mobilização”, sentencia o advogado que acompanha o caso.

O advogado ainda lembra que outras execuções fiscais podem ocorrer a qualquer momento. “Dependemos de uma agenda conjunta, inclusive com quem participou da diretoria e hoje está impedido judicialmente de praticar atos administrativos. Mas isso está sendo tratado num expediente junto ao Ministério Público”, citou Juliano Fontes.