Araricá – Há cerca de duas semanas, os vereadores Marcelo Madeira (MDB), e Ademir Pedro Kautzmann (MDB) apresentaram um requerimento convocando a presença do secretário da Fazenda, Luciano França. A intenção dos vereadores era esclarecer atrasos de pagamentos da Prefeitura à empresas terceirizadas que prestam serviços à Prefeitura. Porém, na semana do dia 18, o prefeito comunicou que ao invés do seu secretário, quem iria prestar esclarecimentos sobre contratos e pagamentos de responsabilidade da prefeitura seria o próprio prefeito.
Presente na sessão, Flávio Foss, demonstrando supresa com a convocação logo explicou. “A empresa que os vereadores citam recebe um valor mensal, e na semana passada (se referindo ao início do mês) essa empresa recebeu. Não sei qual a dúvida de vocês”, comentou Foss.
Foi então que o progressista, Jurandir Alves da Silva, emendou. “Prefeito, é que estão falando que as terceirizadas recebem atrasado”, citou. E o prefeito respondeu. “É preciso entender que a Prefeitura não fabrica cédulas”, citou Foss em tom de desabafo aos vereadores.
Reclamações
A real motivação da presença do prefeito na sessão, duas semanas atrás, foi motivada por reclamações feitas diretamente ao vereador, Marcelo Madeira (MDB), de servidores terceirizados que estavam insatisfeitos com duas situações: o atraso no recebimento do pagamento e também pelo desconto de INSS em folha, e supostamente, o não recolhimento por parte da cooperativa que contrata esses servidores da contribuição previdenciária. “Indico ao vereador que pegue o nome desses funcionários e vá até o balcão da prefeitura para verificarmos o que pode estar ocorrendo de errado. Isso quem fiscaliza é a secretaria da Fazenda”, disse Foss.
Foss valoriza redução de custos com merenda escolar
Mesmo não sendo o tema principal da convocação do prefeito, Flávio Foss aproveitou a oportunidade para contextualizar o que considera alguns êxitos da sua administração. “Nesse aspecto das terceirizadas. Não tem razão fazermos concurso para contratar servidores para, por exemplo, atuar no turno integral que ocorre de março a novembro”, citou o prefeito.
Outro aspecto levantado pelo prefeito foi a redução dos repasses nos últimos três meses no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Para vocês saberem, em julho recebemo R$ 1.524.000,00. Em agosto R$ 1.098.000,00 e em setembro a previsão é de R$ 1.071.000,00. Mesmo com essa queda na arrecadação, esse ano, não vamos precisar tirar empréstimo para pagar o 13º salário do funcionalismo. Estamos enxugando no que dá, especialmente, nos custos da merenda escolar. Em 2017, comprávamos o feijão a R$ 7,00, hoje a R$ 2,55. A carne moída pagávamos R$ 15,93, agora R$ 10,90. O cereal, pagávamos R$ 22,86, agora R$ 14,00. E podem ir nas escolas, as crianças estão tudo gordinhas e bem alimentadas”, brincou o prefeito.