COMENTÁRIO: A cirurgia plástica moderna

Desconhecida por muitos, a Cirurgia Plástica é uma das especialidades médicas mais antigas do mundo. Os primeiros relatos  referentes às cirurgias reparadoras datam do séc. VIII a.c., em que cirurgiões indianos desenvolveram importantes técnicas de reconstrução  nasal, uma vez que amputações de nariz eram punições comuns impostas às pessoas acusadas de roubo ou adultério. Desde então, a especialidade evoluiu  consideravelmente e, durante o século XX, acompanhando uma época de globalização, em que a mídia passa a ditar novos padrões de beleza, e em que a vaidade junto com a busca pelo rejuvenescimento e pelo “corpo perfeito” tornam-se objeto de desejo da população, os procedimentos estéticos sofreram um crescimento explosivo. A cada dia surgiam novas técnicas e opções de tratamento, e impulsionados por cirurgiões como Ivo Pitanguy, o Brasil tornou-se referência mundial na área.
Nos anos subsequentes, os procedimentos extremos, que promoviam grande modificações nos pacientes, tornaram-se uma prática comum, e os resultados exagerados e artificiais eram considerados adequados e até mesmo bonitos. E esta foi a grande mudança vivida pela Cirurgia Plástica atual. Hoje, os padrões de beleza e o grau de exigência mudaram muito. Um rosto extremamente “repuxado” ou um nariz muito “empinado” , por exemplo, não são mais aceitos, sendo inclusive considerados erros. A busca atual são por resultados naturais e mais duradouros,  sem exageros, que amenizem as modificações impostas pelo tempo, melhorando a aparência mas sem mudar muito a característica essencial das pessoas, e sem prejudicar sua saúde e seu bem-estar. Ou seja, beleza com saúde e naturalidade.
Dr. Felipe Kunrath Simões Pires,
Cirurgião Plástico, CRM 31637/ RQE 25346