Coluna Poder: Precatório de 20 anos atrás de Nova Hartz gerará impacto crucial, por Deivis Luz

Uma conta deixada pelo ex-prefeito, Edson Ubiratan Trindade (MDB), ao término do seu mandado, entre 1999 e 2000, terá grande impacto negativo às contas da Prefeitura de Nova Hartz. O Executivo emitiu nota à imprensa, alertando que o ex-prefeito, na época, desapropriou o prédio da atual Prefeitura, juntamente com uma área de terra às margens da RS-464 (o famoso campo chamado de Bastião). A dívida fundada foi no valor de R$ 541.306,26. De lá para cá, foram pagos R$ 376.885,95, até o ano de 2002. De 2002 a 2004, o valor deixou de ser pago (ou seja, nas gestões do MDB e do PT à frente da Prefeitura). Dessa forma, o valor que faltou pagar era de R$ 164.885,95. Ao tomar posse, o prefeito, Flavio Jost, foi notificado do débito que se desdobrou durante 15 anos.

Esta herança (que para alguns é chamada de herança maldita) se transformou em uma dívida de R$ 1.732.571,49 e, por determinação do Tribunal de Justiça, é obrigatória a inclusão no orçamento do município para pagamento em precatório, em 2020. Contextualizando, o valor é atualizado até a data de 1 de julho de 2018 e pode sofrer alterações.

Governo Flavio Jost demonstra preocupação em quitar dívida para ela não ficar ainda maior

Na nota enviada à imprensa, o atual governo externou a preocupação em pagar essa dívida, até para que ela não cresça ainda mais. Porém, como consequência, fatalmente, será o engessamento dos investimentos públicos até a quitação da dívida milionária. “É importante destacar que o investimento realizado na época foi de suma importância para o município. Entretanto, o não pagamento completo do valor acima citado gerou juros em demasia. Logo, deixou de ser um investimento e passou a ser uma dívida”, destaca trecho da nota da Prefeitura de Nova Hartz.