Acidente com morte no retorno do Amaral Ribeiro será apenas mais um?

Daniel não resistiu ao impacto da colisão e morreu na hora. O enterro será hoje às 10h, no cemitério do Porto Palmeira em Araricá.Foto: Junior Ribeiro.

Sapiranga – Aconteceu de novo. Desta vez, a vítima foi Daniel Antônio da Silveira, 35 anos, morador de Sapiranga. Daniel, estava na carona do Vectra que colidiu na traseira de um caminhão na altura do KM-30, no retorno que permite acesso ao bairro Amaral Ribeiro, pelo retorno existente junto à Rua Nações Unidas.

Em outubro de 2019, foi Dionatan Pereira Fontoura, de 28 anos, que escapou da morte. Na oportunidade, no mesmo local, uma carreta fez uma manobra de conversão, e em circunstâncias idênticas, o caminhão em que Dionatan estava colidiu na traseira da carreta. Por sorte, Dionatan sofreu apenas um arranhão no joelho.

Everton Cassere, sargento da reserva do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) e gestor em segurança do trânsito e formado pela Ulbra, é direto: “O poder público não analisou o problema corretamente. Nos horários de pico, os veículos ficam sobre a pista no sentido Sapiranga/Taquara. Por regra, o caminhão deveria ter esperado a manobra completa do automóvel que estava na frente dele. Com isso, o cidadão não teve o que fazer. Esse retorno precisa ou de uma alça de acesso direto à Rua Nações Unidas ou uma elevada, para quem trafega no local (sentido Taquara/Campo Bom) passe direto”, avalia o militar.

Sem perspectiva alguma de obra no local, resta chorar pela perda de mais vidas

Em contato com a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), a assessoria informou que técnicos irão avaliar o local para verificar os conflitos e diagnosticar quais medidas podem ser adotadas para aumentar a segurança no trecho. Por outro lado, o secretário de Planejamento, Habitação e Mobilidade de Sapiranga, Carlos Maurício Regla, lamentou que os pedidos da Prefeitura não são atendidos.

Diversas solicitações entregues

Carlos Maurício Regla reitera que a Prefeitura de Sapiranga não pode intervir na faixa de domínio da RS-239: “Tudo que está na rodovia compete à EGR fazer todo e qualquer tipo de obra ou modificação. Nós, como município, cobramos desde a época em que o DAER administrava a RS-239, a necessidade de pistas lateriais que ainda não foram concluídas, as próprias passarelas (nota da redação: em execução com 30 anos de atraso), solicitamos o fechamento de inúmeros retornos, entre eles, este do Amaral Ribeiro. Constantemente, solicitamos medidas e alterações, mas não somos atendidos. Nos resta neste tipo de situação, lamentar, profundamente. Só estamos pedindo uma atenção especial da EGR nesstes casos”, explica Regla.