Oncologia em Campo Bom: “É algo que deve levar um tempo”, diz Oncoprev

Hospital Lauro Reus, em Campo Bom, é forte candidato a receber a referência oncológica do Vale do Sinos. Foto: Émerson Santos/PMCB

REGIÃO – “Taquara é referência para todo o Rio Grande do Sul em Oncologia”. A afirmativa é do diretor da Oncoprev, Ramon Ritter.  A clínica é a responsável pelos atendimentos oncológicos na cidade do Paranhana, hoje a referência da região.

 

Desde dezembro de 2021, quando o Hospital Regina, de Novo Hamburgo, ficou descredenciado a prestar o serviço via SUS, pacientes de Novo Hamburgo, Campo Bom, Ivoti, Estância Velha e Dois Irmãos – que eram atendidos no Regina – passaram a receber tratamento no Hospital Bom Jesus (HBJ), de Taquara.

Essa lacuna fez com que, ainda em maio, o prefeito Luciano Orsi apresentasse à secretária de Saúde do Estado, Arita Bergmann, a intenção de levar para Campo Bom a referência oncológica dos atendimentos de pacientes do Vale do Sinos. Inclusive, a equipe diretiva da Oncoprev visitou o Hospital Lauro Reus. Mas não é tão simples, já que seria necessário, antes de tudo, inspeções e pedidos de habilitação no novo local. Hoje, Taquara atende pacientes pelo SUS e convênios.

“Para montarmos uma estrutura em Campo Bom e atender pacientes da região, serão necessárias etapas de estudo. E Taquara executou muito bem o atendimento até agora. Então, é algo que deve levar um tempo”, diz Ritter.

 

NECESSIDADE NA REGIÃO

Suzana Ambros, secretária de Saúde de Campo Bom, diz que são necessários mais 2 centros oncológicos na região metropolitana, por isso, Campo Bom se habilitou. A prefeitura campo-bonense informou na última semana que tratativas com os governos do Estado e Federal já estão em andamento com a elaboração de projeto e realização de vistorias. A expectativa é de que até o final de 2023 haja um parecer definitivo sobre a questão.

Centro de atendimento da Oncoprev para pacientes SUS fica ao lado do Hospital Bom Jesus, de Taquara. Foto: Jauri Belmonte

 

 

 

INCERTO E SEM PRAZOS: UM PROCESSO DEMORADO

Henrique Träsel. Foto: Jauri Belmonte

Em março, o HBJ recebeu do programa Assistir R$ 3,8 milhões. Para não perder o que foi investido em Taquara, caso Campo Bom receba um dos centros oncológicos, pacientes do Litoral Norte seriam acolhidos no Paranhana. Mais de 1.250 procedimentos são atendidos em Taquara, além de outras mil consultas mensais. “A transferência para Campo Bom é uma possibilidade. Gostaríamos de contribuir com Novo Hamburgo e região, mas não tem nada certo e nem prazos. É um processo demorado. Desde já é importante salientar que a estrutura daqui absorveria outras regiões”, diz o médico e responsável técnico da Oncoprev em Taquara, Dr. Henrique Träsel.