Novas variantes de Covid e Infuenza e o aumento na procura por atendimentos

Movimentação durante a quarta-feira, em Sapiranga

Região – O início de 2022 tem sido de apreensão com relação à pandemia, que ainda não acabou. Desde a descoberta do novo coronavírus, que foi chamado de Covid-19, já passamos por ondas de infecção que oscilam, principalmente conforme a vacinação avança.

 

Neste começo de ano, o surgimento da variante Ômicron, menos letal, porém muito contagiosa, tem deixado os especialistas em saúde e os governos de todas as esferas, em alerta. Outra doença também está demandando atenção, a H3N2, nova cepa do vírus Influenza A, o vírus da gripe, mas que pode se agravar conforme as condições do infectado e também da potência de cada variante.
É importante ressaltar que, tanto a nova variante de Covid-19, quanto a evolução do Influenza, estão muito longe de causar os números de mortes que foram registrados nos picos da pandemia, como em março de 2020. O caso agora é de atenção, pois os sintomas são muito mais leves para os vacinados – que são maioria – e a gripe comum tende a perder força de contágio com o passar das semanas.
Mas muitas pessoas não podem ser vacinadas, por alguma condição ou tratamento, ou tem alguma resistência à produção de anticorpos. E são estas pessoas, com comorbidades, que podem ser afetadas com mais intensidade pelos sintomas e necessitar de cuidados médicos.

Internações por Covid-19 seguem em queda ou estáveis nos hospitais de toda a região

Uma boa notícia, em meio as incertezas, é que o pico de infectados deste início do ano, afeta muito mais os atendimentos ambulatoriais, de emergência, mas na maioria dos casos não chega a evoluir para internação. Obviamente, observando números gerais e não casos isolados.
O aumento da procura por atendimento para sintomas gripais preocupa as secretarias de Saúde que tomam providências neste sentido, aumentando os horários de atendimento e intensificando a testagem.
A variante ômicron foi identificada pelo Laboratório Central do Estado – Lacen/RS , em duas cidades da região. Conforme o relatório divulgado em 7 de janeiro, o estado já alcançada 255 casos da variante ômicron, sendo destes 3 em Campo Bom e 3 em Sapiranga.

Procura por atendimento e testes
* Conforme dados da Secretaria de Saúde de Sapiranga, em 3 de janeiro os dados eram de 13 positivados para Covid-19 e 425 pacientes monitorados. Já em 10 de janeiro, o relatório foi de 98 pacientes positivados e 1060 em monitoramento. O crescimento, em uma semana, foi mais de 600% nos positivados, porém, as hospitalizações seguem estáveis. No mesmo período de foram realizados 594 testes.
* Parobé também registrou aumento nos atendimentos para síndromes gripais desde o início do ano. Foram 4 pacientes positivados por RT PCR e 58 no teste antígeno até o dia 7 de janeiro. Nenhum caso registrado de influenza ou da variante ômicron no município, e as internações continuam em níveis estáveis.
* Em Campo Bom, a procura no Pronto Atendimento praticamente dobrou em um comparativo de dezembro a janeiro. Um contratempo, com a positivação de médicos, fez com que na terça-feira, 11, a Prefeitura precisasse realocar profissionais. O local é a referência no município para atendimento de emergência. No período de 20 de dezembro a 7 de janeiro, foram realizados 850 testes e destes 45 positivaram entre 20 a 31 de dezembro e 144 testes deram positivo até o final da primeira semana do ano. Como nas demais cidades, o aumento se dá no número de positivados e da necessidade de atendimento, mas não se reflete em internações.