Neuropediatria volta a ser oferecida em Sapiranga

Foto: Bruna de Bem / Departamento de Comunicação

Sapiranga – Os pacientes do Sistema Único de Saúde do Município já podem contar com uma novidade na rede.

 

A Neuropediatria, especialidade que se dedica ao estudo das doenças relacionadas ao desenvolvimento infantil, está sendo oferecida na Unidade de Saúde Especializada (USE). A contratação da neuropediatra ocorreu juntamente da chegada de outros 18 médicos ao Município. Os profissionais foram contratados recentemente de maneira emergencial por meio de uma empresa especializada.

As consultas ocorrerão semanalmente, às quartas-feiras, durante o dia inteiro, sendo que cada uma dura em média 30 minutos, totalizando 50 atendimentos ao mês. Anteriormente, os atendimentos eram referenciados em Canoas, porém, havia uma fila de espera de 200 crianças aproximadamente. Os atendimentos agora estão sendo agendados pela USE, sendo avaliados por tempo de espera para a consulta ou urgência, fluindo mais rapidamente o agendamento e, em breve, zerando a fila de espera.

Importância do atendimento neuropediátrico

Pelo SUS, o encaminhamento à neuropediatria ocorre através da consulta com pediatra, que avalia a necessidade de consulta com esse especialista. Entretanto, os pais ou responsáveis podem buscar o atendimento neurológico caso tenham alguma dúvida sobre o desenvolvimento motor ou cognitivo de seu filho. “Ter um profissional dessa especialidade na nossa rede é muito importante para o público infantil, já que auxilia diretamente na qualidade de vida das nossas crianças”, destacou a secretária Municipal de Saúde, Janete Hess.

Como ocorre a consulta

A neuropediatra do Município é a Estefani Ortiz, 31 anos, que já foi bem acolhida pela comunidade assim que chegou na USE. “Todos são muito queridos e gentis, me acolheram e estão me ajudando com o sistema. Estou me adaptando bem”, explicou. Conforme ela, os atendimentos mais frequentes são referentes a casos de pacientes que  apresentam atrasos na fala, episódios de epilepsia, dores de cabeça sem motivo aparente, algum atraso no desenvolvimento, suspeita de autismo, Transtorno de Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), ou alguma dificuldade na vida escolar, como a dislexia.

Com muito acolhimento e uma conversa tranquila para deixar o assunto mais leve, na primeira consulta, é feita uma entrevista sobre toda a vida da criança, desde o momento de seu nascimento, além de toda a situação familiar. Muitas vezes, a médica solicita exames ou faz o encaminhamento para outras especialidades, como fonoaudiologia, além de terapias, ou realiza uma conversa com a escola que a criança estuda.

Pais devem ficar atentos

A neuropediatra, Estefani Ortiz, pede para que os pais tenham atenção aos sinais que a criança apresenta. “O que considero mais importante, é que os pais percebam que, se a criança já tem um ano e meio, ela deve estar falando, começando a andar e imitando gestos”, ela considera que esses são sinais de alerta e que devem ser levados em consideração quanto ao autismo ou dificuldades de aprendizagem. Nesses casos, os pacientes seguem com acompanhamento de neurologia.

Por Prefeitura de Sapiranga