Municípios da região enfrentam falta da vacina pentavalente, aplicada em crianças

Região – A escassez de vacinas talvez já não seja mais novidade, mas é um problema. A vacina pentavalente, que previne cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e hemófilo B, e é ministrada, em três doses, em crianças de até sete anos, sendo recomendado que a primeira dose seja administrada já aos dois meses de idade do bebê, teve o abastecimento parcialmente interrompido em julho, sendo que poucas doses foram encaminhadas para a região.

Apesar da gravidade das doenças e da falta das vacinas, o “Ministério da Saúde reitera que não há dados que ensejem emergência epidemiológica no Brasil das doenças cobertas pela vacina pentavalente. Ainda assim, neste momento, os estoques nacionais são suficientes para realização de bloqueios vacinais, caso surtos inesperados apareçam. O sistema de vigilância à saúde monitora continuamente o tema e emitirá os alertas se estes forem necessários”, declara o Ministério, em nota.

Em Sapiranga e Nova Hartz já não há mais doses da vacina. Já em Campo Bom, algumas poucas doses ainda estão disponíveis. A falta se dá, pois vacinas compradas do laboratório indiano Biologicals E. Limited foram rejeitadas em testes e análises do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Vacinas podem ser feitas em outros municípios que ainda tenham doses disponíveis

A técnica em enfermagem, Juliana Portilho, explica que as vacinas não são municipalizadas o que significa que pessoas de outras cidades podem fazer a vacina em municípios que ainda tem doses, como é o caso de Campo Bom, onde moradores de Sapiranga e Novo Hamburgo já buscam os postos para aplicarem a vacina.

Normalidade em novembro

“O Ministério da Saúde solicitou a reposição do fornecimento à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). No entanto, não há disponibilidade imediata da vacina pentavalente no mundo. A compra de 6,6 milhões de doses começaram a chegar de forma escalonada em agosto no Brasil. A previsão é que o abastecimento voltará à normalidade a partir de novembro”, explica o Ministério em nota, onde ainda cita que “o país demanda normalmente 800 mil doses mensais dessa vacina” e que “fará uma busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de idade entre os meses de agosto e novembro para vaciná-las“.