Hospital Sapiranga e demais instituições de saúde buscam alternativas para suprir novo piso da Enfermagem

Endereço é o mesmo desde a fundação, mas ampliações transformam e modernizam o prédio Foto: Arquivo GR

Sapiranga – O tema foi tratado na última semana em Assembleia Geral da Rede de Hospitais Sem Fins Lucrativos do Rio Grande do Sul. Na pauta, o novo piso da Enfermagem, a defasagem da tabela SUS e o impacto de quase R$ 950 milhões ano, que inviabiliza o funcionamento das Instituições.

 

Sem previsão de recursos extras para o cumprimento do novo piso, as 247 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, responsáveis por mais de 70% das internações SUS, entrarão em colapso financeiro, prejudicando a assistência à saúde da população do Estado, tendo em vista a inevitável necessidade de diminuir suas estruturas de leitos e de pessoal.

A rede, da qual o Hospital Sapiranga faz parte, definiu que permanecerá em estado de Assembleia permanente enquanto se discutem alternativas financeiras para o cumprimento e decisão de ADIN já em andamento, caso contrário, a desassistência em saúde é inevitável.

“Os recursos da tabela SUS, já eram insuficientes cobrindo apenas 60% dos custos envolvidos, com o novo piso fica completamente inviável se não houver uma nova fonte de receita. Não estamos discutindo o mérito da categoria, a qual é linha de frente dos hospitais, porém temos que encontrar de forma conjunta e responsável alternativas, para amenizar esse impacto e poder seguir mantendo nossos atendimentos”, enfatiza Elita Herrmann, diretora do Hospital Sapiranga.

Logo após a Assembleia, mais de 60 dirigentes hospitalares foram recebidos pelo Chefe da Casa Civil, Artur Lemos e Secretária Estadual de Saúde, Arita Bergmann, onde entregaram o documento oficial das Instituições. Na ocasião, foi criado um Grupo de Trabalho que envolverá outras Entidades, buscando soluções para o enfrentamento desta crise, que poderá resultar também em paralisações ou suspensões de atendimentos. A comitiva também foi recebida na Assembleia Legislativa do Estado, que recebeu o documento da Federação.

O próximo passo é a participação do Congresso Nacional da CMB, com a entrega do documento do Rio Grande do Sul e buscando uma grande mobilização nacional, tendo em vista que os recursos extras para o cumprimento do novo piso deveria ter sido apresentado pelo Executivo/Legislativo Federal.

Por Assessoria de Comunicação – Rede de Hospitais Sem Fins Lucrativos do Rio Grande do Sul