Hospitais da região também sofrem com a falta de pediatras no mercado de trabalho

Foto: Lilian Moraes

Por Lilian Moraes

O cenário da escassez de profissionais de pediatria também afeta os hospitais da região. Apesar de existir um trabalho constante das casas de saúde para suprir essa carência, a alta demanda faz com que o tempo de espera seja maior que o considerado ideal.
Em Igrejinha, o Hospital Bom Pastor conta com um pediatra 24 horas, custeado pelo município, para quem a instituição presta o serviço de pronto atendimento. “O assunto está sendo tratado com o município. Já foi contratado mais um clínico geral para fechar 24h com dois clínicos, além do pediatra. No entanto, apesar do valor mensal da contratação de mais um pediatra, o grande problema é a falta de profissionais”, destaca o diretor do hospital, João Schmitt.
No Hospital São Francisco de Assis, há quatro médicos pediátricos contratados, que fazem revezamento de horários para o atendimento da sala de parto. A ampliação do quadro de médicos também é um assunto que está sendo trabalhado.
Em Sapiranga, mais um profissional vai ser contratado para consulta de pronto atendimento, em dias de maior fluxo. Contudo, o hospital reforça a dificuldade na contratação. “Principalmente para atendimentos em emergências, pela baixa procura na formação desta especialidade”, pontua a casa de saúde.

INFORMAÇÃO SOBRE HORÁRIOS
O Hospital Sapiranga conta com um profissional 24 horas, diariamente. Nas últimas semanas, porém, com o aumento da procura para o pronto atendimento, em alguns dias de semana e horários dois médicos realizam o atendimento do PA, além dos profissionais disponíveis no Centro de Especialidades para atendimentos eletivos, (por convênios e particular), onde há pediatras de segunda a quinta, conforme disponibilidade das agendas.

CONTEXTUALIZAÇÃO DO DIRETOR
Em Campo Bom, o Hospital Lauro Reus possui um pediatra, que atende os casos de urgência e emergência (fichas vermelha e amarela), sala de parto de forma prioritária, e depois atende as fichas de pacientes triados como não graves e não urgentes (fichas azul e verde). “Para estes não graves, orientamos a buscar atendimento com pediatra na Unidade de Pronto Atendimento (P.A) do município”, explica o diretor do HLR, Leonardo Hoff.

ALERTA IMPORTANTE
De acordo com o HBP, foi constatado que a maioria dos atendimentos realizados é sem gravidade. “É importante que a população saiba que o hospital atua em protocolo de acolhimento que atende conforme a gravidade. Casos de emergência real são atendidos imediatamente. E em função da grande demanda, pedimos que tenham paciência e colaborem, pois estamos atendendo da melhor forma, dentro das possibilidades”, pontua o hospital através da sua assessoria de imprensa.