Região – A epidemia de coronavírus que atinge o mundo tem provocado uma verdadeira corrida das secretarias de saúde das prefeituras, hospitais e a iniciativa privada para dar condições mínimas de atendimento à população em caso de um aprofundamento da crise de saúde pública. Entre as principais necessidades, caso exista uma crescente na demanda por leitos de UTI, são os respiradores mecânicos. E essa falta de equipamentos que tem preocupado todas as autoridades.
Antes da identificação pelas autoridades de que existia falta de respiradores nos hospitais, as estruturas de saúde contavam com apenas 34 respiradores: eram 14 no Hospital Lauro Reus e outros 20 junto ao Hospital Sapiranga. Com a constatação de que o número poderia ser insuficiente em caso de um acentuado número de internações nos leitos de terapia intensiva, os municípios procuraram adquirir novos equipamentos. A Prefeitura de Campo Bom comprou seis novos respiradores – elevando de 14 para 20 o número de equipamentos no Lauro Reus. Dois foram adquiridos com recursos próprios, outros dois pela calçadista Arezzo & Co, a Ticket Log doou um e uma terceira empresa doou outro.
Além dos respiradores, Campo Bom efetua a compra de monitores usados conjuntamente
A compra dos monitores, que funcionam de forma conjunta com os respiradores, foi possível através da ajuda das empresas Grupo FCC, que doou dois, Calçados Aniger, que repassou valores para outros dois, a Ticket Log fez a doação de outro equipamento, e o sexto monitor foi doado pela mesma empresa que doou um dos respiradores, mas que prefere manter o anonimato.
Estrutura de Sapiranga é a maior
A Prefeitura de Sapiranga informou que na UPA 24 Horas há quatro ventiladores mecânicos disponíveis para uso em situações de crises respiratórias ou insuficiência pulmonar aguda. Estes quatro equipamentos, somados aos 20 respiradores mecânicos do Hospital Sapiranga, deixam o município com 24 respiradores. Recentemente, foi avaliado pela Secretaria de Saúde de Sapiranga a compra de mais respiradores, mas a realidade atual de preços inflacionados mudou os planos dos gestores: “Inicialmente, tínhamos estas tratativas, no entanto, os aparelhos seriam produzidos ou importados o que levaria muito tempo para o recebimento deles, além de ofertados por valores exorbitantes pelas empresas fornecedoras. E, concomitantemente, recebemos a orientação da AMVARS, que fará então a aquisição de monitores e ventiladores aos municípios do Vale dos Sinos”, declarou a secretária de Saúde, Janete Salvatti Hess. Sapiranga informou ainda que o recurso destinado pela Câmara de Vereadores será utilizado nas ações de combate ao Covid-19 através da compra de EPIs (óculos, capote de proteção, máscaras cirúrgicas, máscaras N95, luvas, tocas descartáveis, aventais descartáveis, álcool líquido e em gel, além de produtos de limpeza. Por sua vez, Luciano Orsi, agradeceu o gesto dos empresários: “Diversos empresários nos procuraram preocupados com a saúde de Campo Bom e dispostos a agir e pensar conjuntamente ações”, citou.