“Entrei no Hospital para salvá-lo e realmente consegui”, João Wolff, presidente do Hospital Sapiranga

Sapiranga – João Edmar Wolff, mais conhecido como Seu João, é um dos nomes cuja história se confunde com a história do Hospital Sapiranga. Atual presidente da instituição, ele carrega a responsabilidade de entregar à comunidade uma Casa de Saúde apta para atender todas as demandas que possam aparecer, atento a investimentos, melhorias e ampliações que possam ser feitas.

 

A seguir, confira alguns relatos dele sobre a relação com o hospital, início da presidência, desafios, histórias e projeções futuras, até mesmo sobre sua sucessão, a nova presidência e a condução do espaço pelos próximos anos.

Grupo Repercussão: Como o senhor chegou até a presidência do Hospital?
João Wolff: Todos os municípios têm dificuldades para manter um hospital. O hospital é filantrópico, é da comunidade e tinha sempre um apoio de indústrias em Sapiranga. Em 2005-06, começou a dar prejuízo. Foi feita no hospital uma troca de diretoria e depois de um ano nós chegamos à conclusão de que teria que se doar o hospital. Não apareceu ninguém. Quando chegou o momento de passar para a prefeitura, pedi um tempo que eu assumiria; nesse ano que entrei, já não deu mais prejuízo, o hospital começou a responder. Entrei no hospital para salvá-lo e realmente consegui.

Grupo Repercussão: E como define a atual situação do hospital?
João Wolff: Considero hoje que a condução do hospital está estabilizada. Consegui, ao longo desses anos, construir uma equipe de profissionais qualificados e que estão sempre em busca do que há de melhor na área para oferecer à população. Financeiramente, o hospital vem equilibrado, o que foi sempre meu principal objetivo.

“Considero hoje que a condução do hospital está estabilizada. Consegui, ao longo desses anos, construir uma equipe de profissionais qualificados”

Grupo Repercussão: O que pode ser visto como carência e missões a serem executadas na Casa de Saúde?
João Wolff: Atualmente, o principal desafio é de manter ela saudável e que possa continuar investindo no que há de melhor em tecnologias e complexidades, sendo referência para toda a região. Ainda temos algumas especialidades que não ofertamos, como a cardiologia. Precisamos evoluir com equipamento de hemodinâmica, pois é um serviço que as vezes o cidadão não tem tempo para se deslocar e, quanto antes ele for atendido e houver a intervenção, maiores as chances de sobrevivência.

Grupo Repercussão: Qual o patamar do hospital e como está a situação de “passagem de bastão” para o próximo presidente?
João Wolff: Ao longo desses anos, sempre orientei para que todos os investimentos sejam com tecnologias de ponta, buscar sempre o que há de melhor no mercado, pois com equipamentos de qualidade e equipes treinadas, os médicos buscam a Instituição para atender seus pacientes. Em todas as áreas que fizemos grandes investimentos, sempre foi com esse olhar. Posso citar aqui como exemplo a área de diagnóstico por imagem, onde nossos equipamentos são similares a de grandes hospitais de Porto Alegre e região.

Referente à minha sucessão, quero dizer que, quando assumi a presidência, em 2007, me comprometi com a comunidade em buscar o equilíbrio financeiro do Hospital e liquidar o financiamento do débito, junto à Receita Federal, sendo que esse compromisso está acordado para finalizar em 2027. Portanto, salvo qualquer situação adversa, vou honrar com meu acordo perante a diretoria e a comunidade.