Com 11 anos, Guilherme Moschen luta contra Doença de Crohn e remédios de alto custo

Foto: Arquivo da família.

Campo Bom – Um sintoma simples, dor de barriga. Foi através dele que Guilherme Moschen e sua família descobriram que o menino sofria da Doença de Crohn, uma doença que atinge o intestino e que pode causar complicações com risco de morte. A trajetória foi longa até a descoberta. Em 2017, quando ainda tinha 9 anos, Gui começou a reclamar de uma dor forte na barriga, os pais o levaram a pediatra que pediu exames de sangue. Os resultados informaram a existência de infecção oculta e vermes. Gui foi medicado, mas não melhorou.

O garoto emagrecia cada vez mais. Passou por diversos médicos e nenhum encontrou o que seria o problema. Até que uma médica solicitou uma ecografia abdominal, onde foi constatada a possibilidade de Doença de Crohn. Em janeiro de 2018, Gui consultou com uma médica especialista em gastrologia infantil. No momento, a especialista já solicitou a internação do garoto que ficou 30 dias no hospital, em Porto Alegre. Izabel Cristina Paz Moschen, mãe do Gui, conta que em dois dias confirmaram que ele sofria com a Doença de Crohn, e desde então, todo mês a família precisa ir a Porto Alegre consultar.

O que é Doença de Crohn

Segunda informações do Hospital Israelita Albert Einstein, a Doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal e se caracteriza pela inflamação do aparelho digestivo. A anemia (quantidade insuficiente de ferro no organismo) pode ser uma consequência: com o intestino prejudicado, a absorção de nutrientes é reduzida, o que explica a falta desse mineral. Os sintomas ainda incluem diarreia, dores abdominais, febre, sangramento anal/ presença de sangue nas fezes, perda de apetite, perda de peso, lesões na pele e inflamações oculares.

Tratamento causou efeitos colaterais e para remediá-los e mantê-los o custo é alto. Família busca apoio em órgãos públicos

Para o tratamento da doença, Gui faz uso do medicamento Azatioprina, um antimetabólito imunossupressor, que diminui a imunidade, já que a Doença de Crohn é auto-imune. O garoto chegou a receber o medicamento pela rede pública, mas Gui não se adaptou e acabou tendo uma reação contrária, a infecção
aumentou, assim como a anemia, e precisou usar o medicamento vendido nas farmácias e que custa R$175. Como forma de melhorar a nutrição e fazer com que voltasse a ganhar peso, a médica recomendou que ele tomasse o leite Modulen, um leite especial, de suplementação nutricional. Contudo, agora com 11
anos, Gui consome cerca de 15 latas por mês, sendo que cada uma delas custa R$365 reais, o que dá mais de R$5.400, por mês. A família entrou com um pedido judicial para receber dos órgãos públicos esta suplementação. Quem quiser ajudar, pode entrar em contato com Izabel pelo telefone 993-773-565.