Universidade Feevale deverá realizar processo seletivo para o curso de Medicina no final deste ano

Região – Mais uma etapa para a implantação e criação do curso de Medicina na Universidade Feevale foi obtido pela instituição nesta sexta-feira (10). O resultado foi divulgado pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) e vai de encontro com o desejo da parceria firmada entre a Universidade Feevale e as prefeituras de Novo Hamburgo, Campo Bom, Dois Irmãos, Ivoti e Sapiranga.

A criação de cursos de Medicina em todo o país faz parte do programa Mais Médicos, do governo federal. A medida faz parte da ampla estratégia de reestruturação do atendimento médico no país, que abrange ações na área de provimento de profissionais, formação médica e infraestrutura. Inicialmente, serão oferecidas 60 vagas, em três áreas prioritárias: Atenção à Saúde, Gestão em Saúde e Educação em Saúde. A proposta do curso é para turno integral, com duração de 7.550 horas. Na estrutura estão previstos um Centro Integrado de Especialidades em Saúde, um Laboratório de Técnica Operatória e um Laboratório de Simulação.

Para o ministro da Educação, Renato Janine, a expansão das vagas terão resultados em longo prazo. “A abertura dos novos cursos de Medicina é uma medida importante e terá o acompanhamento do Ministério da Educação para garantir a qualidade do processo em todas as etapas. A população sentirá os efeitos no futuro com a formação desses profissionais”, destacou. As instituições de ensino superior (IES) particulares responsáveis já foram selecionadas, e devem implantar os cursos em até 18 meses sob o monitoramento do Ministério da Educação.

Entenda o processo de seleção
A seleção das instituições foi realizada ao longo de três fases. Primeiro, em fase eliminatória, foram selecionadas as instituições que atendiam aos pré-requisitos relativos à saúde financeira da instituição, do plano de negócios, e da capacidade econômico-financeira para ofertar curso de medicina. Nesta fase, que utilizou metodologia criada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 115 instituições foram habilitadas, entre 216 inscritas. Em seguida, foi analisada a experiência regulatória das habilitadas por meio dos seguintes critérios: indicadores de qualidade das IES vinculadas e indicadores dos cursos da área de saúde, oferta de curso de Medicina, existência de residência médica e pós-graduação stricto sensu e processos de supervisão. Nesta fase, 64 propostas foram classificadas.
A fase final, de análise e classificação das propostas, selecionou os melhores projetos. A avaliação foi realizada por especialistas, médicos professores de Medicina de universidades federais, integrantes da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento de Escolas Médicas. Foram avaliados o projeto pedagógico, o plano de infraestrutura da instituição de educação superior, de contrapartida à estrutura de serviços, ações e programas de saúde do município, plano de implantação de residência médica e o de oferta de bolsas para alunos.