Nova Hartz – Nesta sexta-feira (21), os trabalhadores da indústria calçadista de Nova Hartz estão aproveitando as últimas horas do prazo para excluir de sua folha de pagamento o desconto da contribuição assistencial sindical. Conforme prevê o artigo 513 da CLT, alínea “e”, a contribuição (que corresponde a um dia de trabalho, ou seja, cerca de R$ 50,00) poderá ser estabelecida por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho. Este recurso pago pelos trabalhadores e que vai para o Sindicato é usado para custear gastos sindicais durante o ano. A exclusão ocorre mediante o preenchimento de uma declaração pelo sapateiro junto ao Sindicato.
No momento, somando as pessoas que estão dentro da subsede do Sindicato dos Sapateiros de Nova Hartz e as que se encontram do lado de fora fazendo fila para serem atendidos, há cerca de 100 pessoas no local.
O presidente do Sindicato dos Sapateiros de Sapiranga (que abrange ainda Araricá e Nova Hartz), Júlio Cavalheiro, explica que a demora que gerou a fila se deve por um problema elétrico que atingiu o prédio da sub-sede do Sindicato, em Nova Hartz, no período da manhã. “Tivemos assembleia no dia 13 de julho, que estabeleceu o prazo de quinta-feira (20) para ser o período final para pedir a exclusão. Em Nova Hartz, deu problema elétrico na sub-sede, e o atendimento foi suspenso na parte da manhã. Não estamos aqui para prejudicar ninguém. Estamos fazendo as coisas certas”, disse Júlio.
Em Sapiranga, o prazo para pedir exclusão do pagamento da contribuição assistencial sindical encerrou na quinta-feira (20). Júlio revelou que os trabalhadores formaram filas até às 17h30 para não pagar a contribuição. Os trabalhadores cobraram uma maior transparência do Sindicato, ao divulgarem os prazos para exclusão do desconto.
Realidade diferente em Campo Bom
Em contato com o Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, a assessoria de imprensa informou que no município não ocorre o recolhimento da contribuição assistencial.
Crédito da foto: Pablo Lampert