Adriano Vidal avalia suas duas décadas na música

Região – Pai, chefe de família e prestes a completar 38 anos. Esta semana o cantor Adriano Vidal visitou o Repercussão e avaliou a sua carreira, que está completando 24 anos de histórias. “Concilio os shows em bares, PUBs e casas noturnas com as aulas de música, pois também sou professor. Em média, estou fazendo cerca de três apresentações semanais, mas aos finais de semana, reservo para o convívio com a minha família, onde procuro passar momentos em comunhão”, pondera Vidal, recordando que procura adequar sua agenda com os seus projetos ligados à Igreja Quadrangular, do bairro São Luiz, e ao Ministério Mevam, no Centro, onde é membro. Adriano é casado com Neli Vidal, há 21 anos e pai de Thaís Vidal.

Na Igreja Quadrangular, Vidal presta um suporte para a banda local, onde faz a assistência nos aspectos envolvendo a musicalidade e o canto coral dos participantes. “Nas aulas particulares, também enfoco o canto e dicas para tocar violão. Prezo por fazer o que está ao alcance. Não adianta querer abraçar tudo e não ter uma qualidade de vida. Também possuo um projeto social, onde levo música em lares de idosos. No futuro, quero gravar músicas do evangelho”, projeta Adriano Vidal.

Carreira solo e projetos futuros do músico

O último trabalho de estúdio de Adriano foi o CD Boteco, gravado no próprio home studio que o cantor possui na sua residência. “A segunda etapa dessa gravação fiz em Porto Alegre, onde contei com um sanfoneiro e um percussionista. Além disso, gravei a parte de cordas com violões e contrabaixo e backing vocals. Para o futuro, tenho que ter a certeza do que vou fazer. Não posso simplesmente gravar um CD sem ter uma verdade. Tenho me preparado espiritualmente e peço a direção de Deus, vendo se é isso que ele quer para mim”, explica Vidal. Contatos com Adriano Vidal devem ser feitos pelo telefone: 997-213-093. Instagram: cantor.adrianovidal. Facebook: Adriano Vidal.

“Preciso ter uma verdade no que vou cantar”
Entrevista com Adriano Vidal, cantor, compositor e músico

Jornal Repercussão – De que forma você estrutura o seu repertório nas apresentações?
Adriano Vidal – Por eu tocar sertanejo em PUBs, a galera acha que só canto esse estilo, e muitas vezes, não conhece minha história. Sou músico há 24 anos e tem pessoas que não sabem como iniciei, em 1995. Toquei em diversas bandas e passei por diversos estilos. Do StarSom, que era de uma banda de Sapiranga, onde toquei por 10 anos, e nos moldávamos ao evento. Quando eu montei o meu projeto solo, fui mais para o sertanejo porque era o momento. Mas, tenho no meu repertório, caso o contratante solicitar, músicas nativistas, som mais ambiente, sons evangélicos. Ou seja, me moldo ao evento. Há também a opção de repertório em casamentos com piano, voz e violão.

Jornal Repercussão – Vocè é de uma geração de músicos pré-internet, onde não existia rede social, Spotify e essas ferramentas contemporâneas. De que forma você analisa essa transformação?
Adriano Vidal – Meus dois CDs estão na plataforma Palco MP3. Então, a galera pode procurar lá e baixar o som preferido. Também tenho minhas músicas no Spotify. A internet ajudou muito na divulgação. Divulgar o trabalho na grande mídia custa muito caro. Busco parcerias com as mídias locais e regionais – como o Repercussão. Através do Instagram é possível chegar e alcançar pessoas de diferentes lugares, cidades e regiões do país. Essa evolução da internet só veio a somar. Hoje, a velocidade da divulgação é muito rápida. Antes, você gravava um CD e tinha que visitar de porta em porta as rádios. Se o teu CD não estava em determinada loja, era necessário fazer todo um trabalho de logística para disponibilizá-lo. Hoje, o trabalho independente fora da gravadora custa menos, e é tudo contigo.

Jornal Repercussão – Como você avalia o atual momento da sua carreira? Qual o seu destaque final?
Adriano Vidal – Sou muito voltado a minha família e preso muito por isso. A família é uma obra de Deus e temos que zelar e cuidar. Tive vários momentos bons e ruins, e a minha família sempre esteve do meu lado. Minha filha, hoje com 20 anos, foi uma benção e tenho aprendido com ela. Deus não quer que você deixe de fazer o que você gosta ao virar cristão. Entendo que algumas letras que canto na noite não é para evangelizar. Toda a vez que vou para o palco e canto este tipo de canção falo para Deus. “Essa é a maneira de sustentar a minha família, por enquanto”. Mas, tenho vontade de mudar a trilha sonora que sai da minha voz.