Vereadores optam por arquivar denúncia contra Paulo Tigre

Denúncia chegou a todos os edis da Câmara de Vereadores de Campo Bom Foto: Arquivo/JR

Por Melissa Costa

Campo Bom – Por cinco votos contrários e quatro a favor, a Câmara de Vereadores decidiu, na noite de segunda-feira, dia 24, pelo arquivamento da denúncia contra o colega Paulo Tigre (Progressistas). Ele, que também é médico da rede pública do município, é acusado de manter relações íntimas com uma paciente no posto de saúde do bairro Paulista. Com a maioria votando contra a indicação da Comissão de Ética, que era de abrir uma Comissão Processante e, então, ouvir as partes envolvidos – denunciante e acusado, agora se arquiva o caso. Foram contrários Jair Wingert, Jerri Moraes, Max de Souza, Alexandre Hoffmeister e o próprio Paulo Tigre. Já Victor Souza, Juares Flor, Sandra Orth e Pablo Martins votaram a favor de dar seguimento com investigação.
O episódio do qual Paulo Tigre é acusado teria ocorrido em meados de 2017. No entanto, o caso veio à tona e a público neste mês de agosto. A suposta vítima registrou ocorrência na Delegacia de Polícia, fez denúncia ao Conselho Regional de Medicina e a todos os vereadores, além de ter aberto o caso em redes sociais.
Antes da votação que poderia envolver a abertura da Comissão Processante e, dependendo do resultado, provocar a cassação do vereador, Tigre usou a tribuna e pediu prudência dos colegas. Ele citou que o mais prudente seria esperar pelo julgamento do Judiciário, no qual ele move ações contra a vítima, e também da esfera crime, em relação à Polícia Civil. Tigre ainda questionou o motivo de um caso, que teria ocorrido em 2017, vir à tona na vésperas das eleições.

 

Uso da tribuna após a votação

Após a votação, Tigre voltou a usar a tribuna e questionou o trabalho da Comissão de Ética. Inclusive, citou que a avaliação tinha cunho político. “Não sou contra que investiguem, mas que isso ocorra dentro da Lei”. O presidente da comissão, Tiago Souza, lamentou que não pode explicar o trabalho feito antes da votação, na qual os três integrantes não puderam votar – sendo convocados os suplentes. “Ninguém julgou. A gente apenas fez relatório para que a Câmara abrisse uma Comissão Processante para ouvir as partes. Acolhemos a denúncia porque há indícios da quebra de decoro”.