Atuação | Eleitos em outubro explicam forma de atuação a partir de 2017
Região – Em mais uma rodada de apresentação dos candidatos eleitos em outubro, surgem mais dois estreantes nas câmaras municipais: Tio Marcelo (do PMDB) de Araricá e o pastor Robinson (do PSC) de Nova Hartz. Por sinal, nenhum deles (Marcelo e Robinson) haviam concorrido em eleições passadas.
De outro lado, voltou a falar alto novamente dois nomes consagrados e conhecidos em suas respectivas comunidades. É o caso de Alexandre Hoffmeister (PP) e Balardin (PTB). Neste pleito de outubro, foram reeleitos para um novo mandato para representar os moradores campo-bonenses e sapiranguenses.
Tio Marcelo, em Araricá, defende a tese de que passado o período eleitoral, é necessário esquecer as bandeiras partidárias. “Em 20 anos, Araricá ainda não possui água tratada e praças nos bairros. É por isso que temos que lutar”, argumenta.
Pastor Robinson, em Nova Hartz, está preocupado com a geração de empregos para os moradores. “Quero aprovar propostas que atendam esta necessidade”, cita.
Eleições
– Entre os eleitos que estão sendo apresentados nesta semana, os candidatos que mais participaram de eleições são Alexandre Hoffmeister (PP) e José Balardin (PTB), com quatro e seis eleições, respectivamente.
– Em Nova Hartz, Pastor Robinson não esconde a vontade de presidir a Câmara de Vereadores ao longo da próxima legislatura.
Chegou a vez de conhecer os candidatos que obtiveram a oitava maior votação
8º mais votado em Araricá: Tio Marcelo (Pmdb). Votos: 114
Conhecido no Município pelo trabalho de transporte escolar, o vereador eleito diz que concorreu ao cargo devido aos constantes pedidos da comunidade. “O pessoal citava a necessidade de inserir novas ideias e pessoas novas. Surgiu a oportunidade e abracei. Agora, não tem mais bandeira do partido. Temos que honrar a bandeira do Município”, projeta. Marcelo menciona que durante o período eleitoral, não contratou cabo eleitoral, tampouco utilizou carros de som ou utilizou do expediente de colocar material de campanha embaixo das portas ou nas caixas de correio. “Conversei com muitas pessoas e pessoalmente. Não prometi nada e os meus projetos serão as necessidades da comunidade. No período eleitoral, as pessoas acham que o candidato tem que dar ou pagar as coisas que o eleitor solicita. Isso está errado. Trabalho do vereador não é dessa forma”, critica. Para os próximos anos, Marcelo promete lutar pelo básico. “Em 20 anos de Município ainda não temos água tratada ou praças para as crianças no bairro. Não é necessário coisas luxuosas, pode ser algo básico. O vale-alimentação para os servidores será outra luta”, pontua.
8º mais votado em Campo Bom: Alexandre Hoffmeister (PP). Votos: 1.154
O vereador foi eleito em 2016 para o seu quarto mandato de vereador (2000, 2004, 2012 e 2016). Com um trabalho de base na defesa de uma saúde pública de qualidade, Alexandre explica que fez uma campanha semelhante às outras eleições. “Foram muitas visitas. Fiz uma campanha muito forte no bairro Imigrante e conquistei votação expressiva de 864 votos no bairro. Minhas campanhas sempre foram modestas. Daqui para frente, pretendo continuar minha atuação na saúde e sempre colaborando com o governo municipal, na busca de uma saúde melhor para a população”, pondera. Alexandre cita que durante os seus mandatos, sempre se esforçou para a qualificação da estrutura do Hospital Dr. Lauro Reus. “Atuei para que o Hospital conquistasse o mamógrafo e a tomografia. Sempre batalhei em cima disso. Mas, também sempre estive atento à questão da segurança pública, onde atualmente, possuímos um grande déficit nesta área”, avalia. Para os próximos anos, Alexandre explica que não fará uma oposição ferrenha. “Quero manter bom relacionamento com o prefeito eleito. O Luciano merece apoio e confiança da comunidade que o escolheu para governar”, comenta.
8º mais votado em Nova Hartz: Pastor Robinson (PSC). Votos: 313
O pastor Robinson irá para o seu primeiro mandato de vereador no Município. “A minha campanha foi uma das campanhas mais limpas. Não fiz agressões morais ou verbais contra outros candidatos. Fiz uma campanha voltada para ideias e projetos e vou trabalhar nisso a partir de janeiro. Fiz uma campanha com pouquíssimo recurso financeiro”, recorda. No entendimento do vereador eleito, o seu mandato será conectado com projetos sociais. “Há muitas ideias boas e quero ouvir estas entidades para que possamos desenvolver um bom trabalho. A área da segurança pública também receberá a minha atenção”, pondera. Sobre o futuro governo do prefeito eleito, Flavio Jost (PP), o pastor faz algumas ressalvas. “A primeira conversa que tive com ele não foi muito animadora. Vou fazer a minha parte que é sugerir e indicar propostas. Porém, temos que ter claro que nem tudo o que a sociedade pede é realmente o que os moradores necessitam”, pontua. Robinson garante ainda que atuará fortemente na articulação de propostas que ajudem ao morador de Nova Hartz conquistar um emprego. “Quero aprovar leis que vão ao encontro desta necessidade”, comenta.
8º mais votado em Sapiranga: Balardin (PTB). Votos: 1.086
Na próxima legislatura, Balardin será um dos vereadores mais experientes na Casa: será o seu quinto mandato (1988, 1992, 2004, 2012 e 2016). “Minha campanha foi sem barulho e eu colho na eleição o que fiz nos quatro anos anteriores. Tenho um eleitorado muito consciente e que consigo repetir eleição após eleição. O vereador não tem hora para ser requisitado. Dou atenção no mercado e em qualquer lugar. Ligo e cobro o que o eleitor reivindicou. É necessário trabalhar muito”, pondera o vereador reeleito. No entendimento de Balardin, como integrante da base do governo, o seu papel é também colaborar para que o Município continue se desenvolvendo e para que as obras e ações da Prefeitura tenham continuidade. “Algumas coisas ficaram para trás e uma dessas carências está na área da habitação. Este aspecto precisa ser melhorado. A saúde está funcionando. É claro que nunca está 100%. Mas, o dinheiro está sendo repassada direitinho para o Hospital Sapiranga. Em breve, a UPA 24 contará com o raio X. Nos próximos quatro anos, com uma boa gestão e investindo bem, dá para fazer um governo novamente muito bom”, contextualiza.