Vereadoras de Araricá buscam anular no Ministério Público audiência sobre a água

Mari Dapper (ao microfone) cobrou nova audiência pública e ampla divulgação por parte da Prefeitura Foto: Reprodução

Araricá – Foi parar no Ministério Público (MP), em Sapiranga, a audiência pública organizada pela prefeitura e que apresentou no Centro de Cultura, em 7 de julho, as diretrizes da concessão comum para a prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município.

 

Contrariadas com o que classificaram de falta de transparência na divulgação da agenda, as vereadoras do União Brasil (Maele Garcia, Mari Dapper e Tanara Werb), Janice Machado (MDB) e Jordana de Lima (Republicanos), encaminharam denúncia ao promotor Michael Schneider Flach, cobrando a anulação da audiência e acompanhamento do caso por parte da promotoria.
Para contextualizar os planos de concessão dos serviços de água e esgoto pelos próximos 35 anos, a prefeitura designou com o secretário de Planejamento, Giovani Dutra, e o diretor de Planejamento, Paulo Saraiva, para esclarecer os pontos na audiência. Em uma transmissão ao vivo pelo perfil da prefeitura no Facebook, durante pouco mais de 26 minutos, os técnicos do Poder Público tentaram explicar os detalhes do projeto. “O município não é um bom gestor para essa área. Não adianta querermos nos iludir”, declarou o diretor de Planejamento, Paulo Saraiva.

Captação no Rio dos Sinos

Para viabilizar o abastecimento de água para toda a população até 2033, o plano prevê a construção de uma estação de captação de água bruta, junto ao Rio dos Sinos, e ainda, a construção de uma Estação de Tratamento de Água (ETA). “Prevemos ainda a construção de uma nova adutora de água bruta de 8 KM. Os poços existentes serão mantidos, mas como um sistema alternativo e de reforço quando ocorrer algum problema nos novos sistemas”, disse Saraiva.

Objetivos e valores

Com 1.700 hidrômetros instalados e sete poços artesianos industriais, a capacidade de atendimento com a atual estrutura é de 50% da população. Através da concessão, a prefeitura estima que a empresa que vencer a licitação invista R$ 32 milhões em até seis anos. “No 17º ano, a empresa começará a ter lucro”, contextualizou Saraiva.
Os investimentos na parte de água serão de R$ 6.963.596,54 e em esgoto outros R$ 23.373.604,83. A empresa que vencer a licitação terá que desembolsar R$ 3 milhões de valor de outorga (sendo R$ 1,5 milhão) na assinatura do contrato.